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Itabuna- EMASA Privatização, a quem Interessa?


 Parece que alguém no governo municipal está fazendo a “cabeça” do prefeito Claudevane Leite para entregar a EMASA à iniciativa privada. Apesar de negar em público, o prefeito já teria decidido lançar edital para concessão privada dos serviços de água e esgoto já no começo de maio.


Na transação, a nova empresa de saneamento estaria livre de débitos da EMASA, já que seria deslocada a fazer outros serviços públicos no âmbito da prefeitura. Ou seja, limpar a área para a nova empresa e dar um “golpe” nos fornecedores, clientes e funcionários da EMASA, já que não contaria mais com a sua arrecadação e passaria a depender de recurso do orçamento municipal.  

Os que comandam esse processo de privatização acreditam fielmente que essa transação pode render bons frutos ainda esse ano. Faltando poucos meses para eleição municipal e fim do próprio governo, a negociações estão a todo vapor. Esquecem, contudo, que isso é de uma irresponsabilidade e de uma incoerência extrema, justamente daqueles que historicamente lutaram contra a privatização da água no município. É bom destacar que essa não é a posição do partido PC do B, que já indicou ser contra e até sugeriu que o município fizesse uma parceria com o governo do estado, através da EMBASA, proposta considerada controversa que precisa de maior aprofundamento. Mas não se pode decidir o futuro dos próximos 30 anos de Itabuna em relação o saneamento básico a “toque de caixa”, mesmo porque, nenhuma empresa vai fazer chover e garantir segurança hídrica à cidade, a não ser a construção da barragem no rio Colônia, cuja estimativa mais otimista da conta de que será concluída daqui a 18 meses.

Outro agravante é que a elaboração precária e sem participação popular do Plano Municipal de Saneamento de Itabuna, que custou quase 700 mil reais dos cofres públicos, pode deixar brechas para que a “nova empresa” não cumpra devidamente as ações necessárias à universalização do saneamento básico no município.

Por fim, é bom lembrar que no final do ano passado o prefeito Claudevane Leite comprometeu-se, através de uma carta pública, que em uma eventual mudança no prestador de serviços públicos de água e esgoto, estaria condicionada a uma tarifa adequada, garantia de investimentos e aproveitamento do quadro de funcionários efetivo da EMASA.

Oxalá que o prefeito Vane já não esteja picado pela mosca azul. 

Érick Maia - Diretor do Sindae (sindicato dos trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente no estado da Bahia).

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