O prefeito Fernando Gomes defendeu, na abertura do
4º Fórum das Águas, a união de todos para a retomada do desenvolvimento
sustentável de Itabuna e do Sul da Bahia. O evento reuniu mais de 200 técnicos
e representantes dos diversos setores da comunidade regional, tendo como tema
Juntos pela água - o desafio que precisamos vencer.
Ao considerar que água é vida e que hoje a região atravessa sérios problemas em função da crise hídrica, que podem ser atenuados com o trabalho de recuperação da bacia do Leste, um projeto liderado pelo Instituto das Águas, numa parceria com a UFSB, Uesc e outras instituições de ensino superior, bem com por entidades da sociedade civil organizada,
O prefeito manifestou sua
preocupação com o rio Cachoeira, que corta dez cidades da região e está
morrendo em função do impacto da ação do homem e da poluição resultante da
descarga dos esgotos. Ele anunciou ainda que além da conclusão da barragem do
rio Colônia, o governo municipal aguarda a elaboração de um estudo da Fundação
Getúlio Vargas sobre as alternativas de investimento em saneamento básico e
despoluição do rio Cachoeira, o que pode ser viabilizado através de uma
parceria público privada, porque nem o município e nem a Emasa dispõem de
recursos para um projeto deste porte e que pode custar mais R$ 400 milhões.
Para Fernando Gomes, Itabuna sofreu
com o problema da falta de água e com a população consumindo água salgada
durante a estiagem prolongada que ocorreu no ano passado, o que afetou a
população, ao comércio e até o funcionamento dos hospitais. A própria Emasa
teve problemas com o racionamento, que reduziu
o faturamento da empresa e com danos em equipamentos provocados pelo salitre,
um deles substituído agora, com um custo de R$ 48 mil para a Empresa.
“Este ano não faltou água, porque a
chuva voltou comigo. Mas precisamos encontrar uma solução que começa com a
barragem do Colônia, garantindo a solução do problema de abastecimento para os
próximos 20 anos. O problema é que o crescimento de Itabuna foi comprometido
pela falta de água, e isso impede a atração de empresas para ampliarmos a
geração de empregos e renda”, enfatizou o prefeito, considerando que sem água
não existem alternativas para o desenvolvimento.
Como opção
definitiva da questão do abastecimento da cidade, ele defendeu investimentos no
Plano Municipal de Saneamento Básico, impedindo que os esgotos sejam drenados
para o rio Cachoeira e investimentos numa barragem para captação de água do rio
de Contas, o que pode ser feito através de um consórcio de prefeituras da região,
inclusive as de Ilhéus e Itabuna.
Fernando Gomes também destacou como
essencial para o desenvolvimento os investimentos em educação, o que se amplia
com a transformação de Itabuna em uma Cidade Universitária, um projeto que se
consolida com a UFSB, FTC, Unime e a própria Uesc, que tem cursos que são referência
na Bahia e no Nordeste. Destacou ainda a
abertura de mais um curso de medicina em Itabuna através das Faculdades Santo
Agostinho, que vai ofertar 85 vagas.
O prefeito também homenageou a coordenadora
do Fórum das Águas, Maria Luzia Mello “uma mulher abnegada e que se preocupa
com a solução do problema da água na região, a quem agradecemos a luta
incansável em defesa da sustentabilidade, com a mobilização dos diversos
segmentos da sociedade civil organizada”. Ele também destacou o trabalho dos
homenageados na abertura do Fórum das Águas, o empreendedor Helenilson Chaves e
a ex-reitora da Uesc, Reneé Albagli, a quem foram outorgadas placas entregues
pelo presidente da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna, Sérgio
Velanes e pelo pró-reitor da Uesc, professor Alessandro Fernandes de Santana.
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