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Cacau da Bahia pode ganhar selo de identidade geográfica


Atestar a origem de produtos à base do cacau cultivado em 83 municípios da região sul do estado através de um selo de identidade geográfica (IG) pode se tornar realidade a partir do dia 24 de maio. O registro reconhece reputação, qualidades e características vinculadas ao local da produção. O objetivo é informar ao mercado que uma cidade ou região é especializada em fornecer um artigo de excelência.
Presidente da Associação Cacau Sul da Bahia, o produtor Rodrigo Barreto explica que a autorização para uso da IG é dada pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e que toda a documentação necessária foi encaminhada para a unidade do órgão no Rio de Janeiro no final de 2014, faltando somente a liberação.


Para a coordenadora da Câmara de Agronomia do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), engenheira agrônoma Catarina Cotrim, a obtenção da IG serve como um elemento que agrega valor e atesta o reconhecimento do produto local. Cotrim, que também é fiscal agropecuária da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), afirma ainda ser importante manter a fitossanidade das lavouras para garantir tanto a produtividade quanto a qualidade do cacau baiano.

Nas últimas décadas, por exemplo, tornou-se um desafio o controle de um dos principais vilões na lavoura cacaueira: a vassoura-de-bruxa. Doença fúngica típica em cacueiros, ataca principalmente os frutos, as almofadas florais e as brotações, diminui a produção e, em alguns casos, pode levar a planta à morte.

Controle Para Cotrim, o controle da vassoura-de-bruxa está relacionado principalmente ao desenvolvimento de pesquisas na área agronômica, de melhoramento genético para obtenção de clones tolerantes à doença “Através dos estudos realizados, já foram identificados e disponibilizados aos produtores uma série destes materiais. Hoje, existem dez clones sendo utilizados pelos produtores e recentemente foram lançados mais outros nove. Este trabalho de pesquisa contínua é uma realidade”, pontua.

A conselheira explica que o engenheiro agrônomo tem papel importante para garantir a fitossanidade da produção. “Este profissional é fundamental porque é quem detém todo a ciência e arcabouço técnico para avaliar a situação e prescrever medidas integradas de controle. Ele é essencial na orientação e consultoria em qualquer produção agrícola, não somente a do cacau. Toda propriedade preocupada com a sustentabilidade do seu negócio deveria ter um engenheiro agrônomo como responsável técnico”, ressalta.

Curiosidade – O selo de identidade geográfica pode ser de Indicação de Procedência (IP) ou Denominação de Origem (D.O.). A primeira define o nome geográfico de um país, cidade ou região que se tornou conhecido como centro de produção, fabricação ou extração de determinado produto ou prestação de determinado serviço. Já a segunda traz detalhes de qualidade, estilo e sabor, e se relaciona também à terra, às pessoas e à história da região. Confirmada a IG para o cacau baiano, este será o segundo selo obtido pelo estado. Segundo dados do INPI e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Bahia possui até o momento apenas um certificado de identificação geográfica do tipo indicação de precedência. Ele foi concedido para a cachaça Abaíra, produzida desde 1998 pela Cooperativa dos Produtores Associados de Cana e seus derivados da microrregião de Abaíra, cidade a 592 km de Salvador. O produto tem origem na agricultura familiar e é fabricado em alambiques de cobre.


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