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Radioterapia pode ser tão eficaz quanto cirurgia no tratamento do câncer de próstata


Médicas do grupo Mulheres na Oncologia

Descobrir que tem câncer de próstata, o segundo tipo mais comum entre os homens, está longe de ser uma sentença de morte. Se a doença combatida no “Novembro Azul” for diagnosticada precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%. Por isso,  o melhor a fazer, diante de um diagnóstico, é conhecer todos os tipos de tratamento disponíveis. Quando o tumor é localizado na glândula e não se espalhou para outros órgãos, a Radioterapia pode ser uma alternativa tão eficaz quanto a cirurgia. Os avanços da técnica têm melhorado bastante o prognóstico para os pacientes. A escolha do melhor tratamento é determinada por uma série de fatores, que incluem estágio da doença, avaliação da equipe multidisciplinar, presença de outras patologias, vontade do paciente, efeitos colaterais e recursos disponíveis.

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"Por muitos anos, a Radioterapia foi considerada uma alternativa ou complemento ao tratamento cirúrgico, considerado como principal. Contudo, com o advento das novas técnicas, houve a possibilidade do uso de doses maiores de radiação, em volumes mais bem controlados, levando a uma maior eficácia da Radioterapia no tratamento do câncer de próstata", explicou a rádio-oncologista integrante do grupo “Mulheres na Oncologia”, Elisângela Carvalho. A Radioterapia também contribui para o controle de sintomas no tratamento de cânceres de próstata em estágio avançado, com bons resultados e ampliação da sobrevida do paciente.


Tipos - A Radioterapia utilizada no tratamento do câncer de próstata pode ser a externa (sem contato com o paciente) ou a braquiterapia (quando a fonte radioativa tem contato com o órgão). Na primeira, se utilizam feixes de raios X, os mesmos utilizados para exames de imagem, só que com alta energia, capazes de esterilizar tumores. Já na braquiterapia, são utilizadas agulhas ou sementes implantadas diretamente na próstata, com alta dose de radiação restrita ao órgão. 


De acordo com a rádio-oncologista Elisângela Carvalho, a Radioterapia moderna possibilita um tratamento mais seguro, com liberação de altas doses de radiação em volumes limitados, o que acarreta maior eficiência do tratamento com mais chances de sucesso, além de redução de efeitos colaterais, como inflamações no reto (retite) ou na bexiga (cistite actínica) causadas por radiação. “A técnica mais utilizada e segura atualmente é a Radioterapia com Intensidade Modulada de Feixes (IMRT), que permite maior controle na dose utilizada e no volume tratado”, frisou.


Outro avanço diz respeito à Radioterapia Guiada por Imagem (IGRT), que permite maior precisão, segurança e proteção dos órgãos vizinhos, aumentando as chances de cura dos pacientes e diminuindo os efeitos colaterais do tratamento. As altas tecnologias IMRT e IGRT permitem reduzir o tempo dos tratamentos. Ainda como modalidade de Radioterapia externa, destaca-se o feixe de prótons (irradiação por partículas), mais empregado nos Estados Unidos e Europa, mas ainda não disponível no Brasil, devido ao seu alto custo.


Aplicações - Os tratamentos de Radioterapia externa, independentemente da técnica, costumam levar aproximadamente oito semanas, com doses que duram de 5 a 10 minutos por aplicação, atingindo um total de 35 a 40 aplicações em média (fracionamento convencional). Os tratamentos mais curtos, de aproximadamente 20 aplicações, são chamados de hipofracionamento, e os tratamentos ainda mais curtos, de aproximadamente 5 dias, são os hipofracionamento.


Os efeitos colaterais mais esperados da Radioterapia, hoje diminuídos pela alta tecnologia, são basicamente ardência e urgência urinária e também aumento da frequência evacuatória (fezes). A melhora é esperada alguns dias após o término do tratamento. Raramente esses sintomas se tornam crônicos ou duram mais que poucas semanas. O risco de disfunção sexual (dificuldade de ereção) após a Radioterapia existe e deve ser discutido entre médico e paciente, no momento da escolha do tratamento.


“Há casos em que a Radioterapia é suficiente para curar pacientes com câncer inicial da próstata. Já para os pacientes com doença mais grave e avançada, recomenda-se que sejam oferecidas terapias conjuntas - cirurgia, seguida de Radioterapia e hormônios, para aumentar as chances de sucesso. Os tratamentos devem ser apresentados ao paciente e aos familiares que decidirão, juntamente com a equipe multidisciplinar, a melhor opção para cada caso”, concluiu a radiooncologista Elisângela Carvalho. 


Sobre o grupo - “Mulheres na Oncologia” é formado por médicas que atuam juntas na luta contra o câncer em Salvador. Entre os objetivos do grupo, destacam-se  ampliar o acesso das pessoas a serviços de saúde de qualidade, combater as diferenças de oportunidades no trabalho de médicas decorrentes do gênero e colaborar para o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. “Sou casada, mãe de uma menina e minha batalha para equilibrar todas as áreas da vida é diária. Por vivermos isso na pele, fazemos questão de ajudar as pacientes que, como nós, assumem múltiplos papéis com dedicação e resultados positivos”, declarou a rádio-oncologista Elisângela Carvalho. “Somos mulheres, profissionais e mães e cumprimos todos os nossos papéis com dedicação e responsabilidade. Também por isso, incentivamos outras mulheres a não desistirem de seus sonhos, mesmo quando o nosso gênero pareça uma barreira”, completou a oncologista Renata Cangussu, também integrante do grupo. A oncologista clínica Samira Mascarenhas completa o trio de “Mulheres na Oncologia”.

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