As receitas e
despesas de 2020 em Itabuna, bem como um comparativo com o ano anterior, foram apreciadas
em audiência da Comissão de Finanças, presidida pelo vereador Cosme Oliveira
Rosa (PMN). Na manhã de segunda-feira (15), o consultor contábil Carlos Alberto
Ferreira informou que o município arrecadou naquele período o valor de R$ 605.764.992,56
(92,84% do previsto na Lei Orçamentária Anual - LOA).
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Pelo aplicativo zoom, o consultor mostrou tabelas da análise contábil. Na Câmara, o citado edil; a vice-presidente da Comissão, Wilmaci de Oliveira (PCdoB); relatores Sivaldo Reis (PL), Ronaldo Geraldo (PL), José Devaldo (Nem Bahia)/PP e Adão Lima (PSB), mais os colegas Israel Cardoso (PTC), Luiz Júnior (Democracia Cristã) e Wanderson Leone (PDT).
Do montante, as receitas correntes representaram 89,76% e as “de capital” (associadas a movimentações voluntárias), 2,85%. Quanto às transferências correntes, aumento de 3,60%. “É importante ressaltar que essas transferências tiveram aumento principalmente pelos repasses federais necessariamente para a saúde; foi o que deu um fôlego nas finanças municipais”, explicou o consultor.
Especificamente
sobre impostos e taxas (valores ligados à arrecadação própria do município),
foram R$ 71.921.284,37 (queda de 4,87%, comparando-se com 2019). Sobre receitas
patrimoniais, queda de 23,54% nos dois anos; as de serviços, redução de 28,10%.
“No ‘frigir dos ovos’, tivemos aumento só de 2,94%, considerando todas as
categorias de receita que colocamos”, sintetizou.
Despesas e índices
As despesas no
período foram estimadas em R$ 652.466.100,00, dos quais 586.988.500,00 para as
correntes e R$ 61.877.600,00 para as de capital. Para a chamada reserva de
contingência, ficaram R$ 3.600.000,00. Mas a execução efetiva foi de R$
640.657.113,08 – ou seja, 98,19% da previsão de despesa para o exercício anual.
O custo com pessoal representou R$ 321.014.591,33, enquanto as outras despesas correntes somaram R$ 289.775.065,84. Aos investimentos, destinados R$ 28.426.660,80; para amortização de dívidas, sobraram R$ 1.440.795,11. “Vale ressaltar que as despesas com pessoal representaram 50,11% do total de 640 milhões de reais”, grifou o consultor.
Em relação ao
índice constitucional que determina aplicação mínima de 25% na Educação, Carlos
Alberto detalhou que Itabuna fechou dezembro aplicando 25,27% (dos quais 82,03%
com profissionais do magistério. A Fundeb prevê o mínimo de 60% na remuneração
da categoria). Já na Saúde, computou ele, onde o limite prudencial é de 15%, foram
investidos 15,72%.
A título de
comparação entre receita e despesa, portanto, foi mostrado déficit orçamentário
de R$ 34.892.120,52. “Fizemos uma avaliação do primeiro, segundo e terceiro
quadrimestres: no primeiro foram dispendidos R$ 277,058 milhões (52,09%) da
receita corrente líquida; no segundo, R$ 289,710 milhões (pulou para 52,31%) e no
terceiro, 282,784 milhões (52,05% no final do exercício de 2020)”, calculou,
ressalvando que o balanço do exercício anterior será fechado em março e, por
isso, alterações podem ocorrer até o próximo quadrimestre.
Cenário de queda
Cabe reiterar
que a cada quatro meses o Executivo deve prestar contas à Casa Legislativa
sobre a movimentação financeira decorrente dos recursos advindos do governo
federal, além daqueles obtidos com tributos municipais. Afinal, compete aos
vereadores avaliar o cumprimento das metas fiscais estabelecidas na LDO (Lei de
Diretrizes Orçamentárias). Ação amparada pelo artigo 9º da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
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