Que tipo de acolhimento Itabuna garante às
pessoas com transtornos psiquiátricos? A questão conduziu a sessão especial em
18 de maio – Dia Nacional de Luta Antimanicomial. Proposta pela vereadora Wilma
(PCdoB), a reunião contou com a presença da coordenadora de Saúde Mental no município,
enfermeira Naira Menezes; assistente social Áurea Oliveira (Caps AD/Álcool e
Drogas), entre outros profissionais. Wilma lembrou a importância de o poder
público e a sociedade buscarem refletir e agir. “Aqui tratamos da política
municipal de saúde mental; porque existe outra política para além do manicômio.
A política do aprisionamento não trata, não cura”, assinalou.
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O vereador Cosme Resolve (PMN) observou. “Vemos
pessoas jogadas no passeio, mas não sabemos o que se passou na vida delas. Mudou
o celular, que hoje cabe na palma da mão; mas o ser humano não reforma nada; o
valor de uma vida é menor do que o valor de um celular”.
Além dos edis já citados, a sessão contou com
a presença de Adão Lima (PSB), Luiz Júnior da Saúde (DC), Marcelo Souza
(Cidadania) e Manoel Porfírio (PT)
Estrutura e provocações
O município conta com em torno de seis leitos
psiquiátricos no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães; um ambulatório em
frente à praça do Góes Calmon, onde há 23 mil cadastrados, além dos CAPS
(Centros de Atenção Psicossocial)-Infanto juvenil (Jardim Vitória); CAPS II[U1] -Adulto
(Jardim Alamar) e AD-Álcool e Drogas (Banco Raso).
Uma provocação trazida ao Legislativo, por
sinal, é para apoio à conclusão do CAPS-AD III e uma unidade exclusiva para
pacientes com transtornos mentais. Naira ponderou, no entanto, que a discussão
sobre novos equipamentos também precisa considerar a viabilidade deles.
As convidadas anotaram o risco de desmonte da política de saúde mental no
país – sobretudo para não permitir o retrocesso até métodos extremos, como
eletrochoques. “É um trabalho ‘de formiguinha’ e invisibilizado. Muitas vezes,
uma depressão, ansiedade é vista como ‘mimimi’. [Mas] estamos numa pandemia em
que aumentou exponencialmente o número de pessoas apresentando fobias e até
ideias suicidas”, alertou Áurea.
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