A fibromialgia foi o tema da sessão especial promovida pela Câmara nessa terça, 10/5, a pedido do vereador Israel Cardoso (Agir). Ele é o autor da norma que obriga órgãos públicos e empresas privadas de Itabuna a incluírem fibromiálgicos nas filas de atendimento preferencial. "Estaremos vigilantes para fiscalizar o cumprimento dessa lei" ressaltou o parlamentar. Outra lei, de 2020, ja havia fixado 12 de maio como o Dia de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia em Itabuna.
Depois de reconhecer conquistas oriundas do Legislativo itabunense, como o atendimento prioritário, membros da Associação de Fibromiálgicos de Itabuna e Região (Afir) pediram o fim do assédio em ambientes de trabalho, médicos e familiares. "Quem tem dor, tem pressa", frisou a presidente da Afir, Sônia Newman, ao cobrar respeito para com as pessoas diagnosticadas com fibromialgia (doença sem cura que afeta diversas partes do corpo humano, causando dores intensas).
Na sessão,
fibromiálgicos de Itabuna relataram discriminações por conta da doença. Ive
Porto citou a dificuldade para conseguir emprego. "Estou desempregada há
oito anos, limitada pela fibromialgia. Tentei estudar, mas tive que abandonar.
É cruel ter que provar que a nossa dor existe", desabafou. Também sem
trabalhar, Gleuce Guimarães declarou que até "dentro de casa a gente é
discriminada. Tem dia que é muito difícil, que não quero levantar da cama com
dor" comentou emocionada.
Para o advogado
previdenciário, Eduardo Barreto, tem sido desafiador convencer a justiça de que
o laudo médico não é a única prova para constituir direito relacionado com a
incapacidade laboral. "É preciso levantar o histórico de vida da pessoa, o
que a incapacita ou tira do mercado de trabalho, como nos casos de
fibromialgia". Já o psicólogo Paulo Carvalho reforçou que a saúde mental
ajuda no controle da dor. "Não se brinca com saúde mental, busque logo
apoio", orientou Carvalho.
Fotos : Pedro Augusto
Câmara de
Vereadores de Itabuna – 11 de maio de 2022
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