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Por que, Natal e Ano Novo podem intensificar tristeza, solidão e depressão.

Apesar de serem tradicionalmente associadas à celebração, encontro familiar e renovação de ciclos, as festas de fim de ano representam, para muitas pessoas, um período de maior fragilidade emocional. Pesquisas nacionais e internacionais apontam que índices de sofrimento psíquico tendem a aumentar entre a segunda quinzena de dezembro e o início de janeiro, especialmente entre indivíduos que enfrentam luto, rupturas afetivas, conflitos familiares, dificuldades financeiras ou histórico de transtornos mentais. (Saiba Mais, Click no Ícone Abaixo)



No Brasil, dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde indicam que sintomas como ansiedade, insônia, irritabilidade e tristeza persistente crescem de 20% a 30% nesse período, impulsionados pelo estresse acumulado do ano e pelas pressões sociais que cercam as festividades. A comparação com a felicidade alheia - cada vez mais estimulada pelas redes sociais - também é fator relevante. A expectativa de “fim de ano perfeito” colide com a realidade cotidiana e intensifica a sensação de inadequação.

Especialistas explicam que o Natal e o Ano Novo ativam alguns gatilhos emocionais potentes, como o balanço do ano, no qual a revisão mental do que não foi conquistado pode gerar frustração; a ampliação do sentimento de solidão, pois quem está sozinho ou distante da família tende a sentir a data com mais intensidade; a pressão social na qual a cultura do “tem que estar feliz” invalida as emoções reais e aprofunda o sofrimento; o luto e as memórias familiares geralmente trazem recordações de quem já se foi costumam emergir com mais força; e até mesmo a sobrecarga financeira, em que os gastos naturais da época ampliam a ansiedade; e o endividamento que ocorre pela falsa necessidade de comprar roupas novas, presentear pessoas e reformar ou decorar a casa para visitas, por exemplo.

Segundo Sílvia Santana, psicóloga e psicanalista, diretora do Centro de Especialização e Acompanhamento Psicológico e Psiquiátrico (CEAPP), o equívoco social é acreditar que o fim de ano exige alegria obrigatória. “Muitos pacientes relatam culpa por não se sentirem felizes nessa época. O que precisamos lembrar é que o sofrimento não tem recesso. As festas mexem com afetos profundos, com memórias e, principalmente, com expectativas irreais. Aceitar o próprio estado emocional já é, em si, um cuidado importante”, afirma.

Embora nem sempre se fale abertamente sobre isso, dezembro e janeiro registram aumento na procura por serviços de saúde mental. Centros de atendimento emergencial observaram maior incidência de crises de ansiedade severas, recaídas depressivas e episódios de desesperança. Para quem já convive com transtornos emocionais, o período pode representar vulnerabilidade adicional - especialmente se há histórico de ideação suicida. “O sofrimento psíquico se intensifica quando a pessoa acredita que ‘não deveria’ estar sentindo aquilo. O julgamento externo e interno pode ser devastador e, por isso, o acolhimento não é só terapêutico, mas preventivo”, explica Sílvia Santana.

Como atravessar esse período com mais proteção emocional

Sílvia Santana reforça que o cuidado psicológico, nestes casos, não deve ser adiado. “A dor emocional pede atenção. Terapia não é apenas tratamento, é também prevenção. Nos consultórios, neste período, costumamos ver pessoas que chegam sentindo vergonha de estarem mal justamente quando o mundo parece feliz e o principal papel do profissional é oferecer escuta, legitimidade e ferramentas para que elas atravessem essa fase com menos dor e mais consciência de si.”. Especialistas em saúde mental recomendam algumas estratégias simples, porém eficazes, como:

* Evitar comparações com os outros, pois a vida mostrada nas redes sociais não reflete a complexidade do cotidiano.
* Quem não gosta das festas pode criar rituais próprios e reinventar a data com uma viagem curta, um filme preferido, um jantar tranquilo ou qualquer experiência que ajude a marcar o tempo de forma saudável.
* Reduzir exigências, pois não é necessário corresponder a expectativas externas sobre presença, convivência ou entusiasmo.
* Estabelecer pequenas metas reais e não grandes resoluções.
* Buscar apoio emocional entre amigos, familiares, grupos de apoio ou terapia.
* Procurar ajuda profissional se a tristeza persistir, se transformar em desesperança ou vier acompanhada de pensamentos de autoagressão.

Um período sensível, mas também de oportunidade

Para especialistas, reconhecer que o fim de ano não é festivo para todos é o primeiro passo para construir relações mais humanas e solidárias. Cuidar da saúde mental entre dezembro e janeiro não apenas reduz riscos, como ajuda a iniciar o novo ciclo com mais estabilidade emocional e menos auto pressão. O CEAPP, referência em formação e atendimento psicológico na Bahia, mantém atendimento clínico e orienta que qualquer sinal de sofrimento prolongado seja acolhido com seriedade.

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