“A Ceplac está ameaçada de esvaziamento e fechamento pelo Ministério da Agricultura e isto não podemos permitir”, afirmou o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB-Ba) depois de reunir-se hoje (19/02), na sede da Ceplac-Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, em Ilhéus, com a direção, técnicos e representantes dos servidores. Em debate, a proposta do ministério de redução das atividades do mais importante órgão de pesquisa e desenvolvimento da cultura do cacau do Nordeste.
O deputado disse que o Ministério da Agricultura faz uma proposta, “sem debate, sem consultar ninguém”, transformando a Ceplac, hoje um órgão do ministério, em uma simples coordenação de secretaria, reduzindo suas funções: “ Uma decisão de cima para baixo”, acusou. Com isto, afirmou, “perderá recursos, funcionários qualificados, poder de pesquisa e investimentos, o que não condiz com sua grandeza e importância para o desenvolvimento da região sul da Bahia”.
Davidson Magalhães, também vice-presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Lavoura Cacaueira, da Ceplac e do Cacau Cabruca da Câmara, sugeriu uma ampla
discussão com todos os setores envolvidos para que aconteça o contrário: “O que é preciso é
o fortalecimento da Ceplac, ampliar e redimensionar seu trabalho, para que continue servindo à região como o faz desde sua fundação, em 20 de fevereiro de 1957”.O deputado promoverá reunião na próxima semana com a bancada de 39 federais da Bahia: “Juntos temos mais força na luta contra esta tentativa absurda de enfraquecimento
da instituição, com prejuízo direto para todos os moradores, prejudicando a economia e o
desenvolvimento do sul da Bahia”.
NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA
cacauicultura e o Ministério da Agricultura quer acabar ? ”.
Para o deputado este é exatamente “o momento de recuperação do setor”, que no final de 2015 bateu recordes de exportação no porto de Ilhéus: “O cacau é um dos vetores mais importantes para a retomada do desenvolvimento da região em 2016. Depois da praga da vassoura-de-bruxa, a lavoura do cacau já demonstra recuperação e precisa agora é de novos estímulos, de fortalecimento da agricultura familiar e do plantio em geral, do incremento de fábricas para a produção de chocolate na região. Isto não é hora de enfraquecer a Ceplac. Ao contrário”.O superintendente a Ceplac, Carlos Alexandre da Bahia encerrou os debates, conclamando: “Nesse momento, a instituição, precisa da união de todos, da sociedade, dosparlamentares, servidores. Na próxima semana esperamos sucesso nessa reunião em Brasília”.
O encontro teve também as presenças de Afrânio Freire (ATEFFA/BA), Edson Rodrigues Gonçalves (CEPLAC/ ITABUNA), Associação dos Funcionários da Ceplac-Itabuna,
Isabel Cristina, da Ceplac-Ilhéus, Eduardo Luis Fernandes, Associação dos Aposentados e Pensionistas da Ceplac, Aristóteles Bispo, Raul René Meléndez – Pesquisa/Ceplac , Jorge Bonfim, Conselho das Entidades da CEPLAC.
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