Neste 14 de junho é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data foi criada para reconhecer, incentivar e valorizar quem dedica um tempinho para garantir o abastecimento de sangue e componentes para a realização de cirurgias e transfusão em pacientes em tratamento nos serviços de oncologia e hemodiálise, como João Vitor Oliveira e Luzia Dionísio Reis. O sangue também é essencial para a realização de cirurgias. João Vitor, que completou 16 anos no último dia 9, tem necessidade de receber transfusão de sangue com frequência. Morador da cidade de Boa Nova, no sudoeste da Bahia, o adolescente foi diagnosticado com leucemia há pouco mais de três meses, depois de apresentar febre alta e tosse constante, conforme relata dona Valdiran Rodrigues Lopes. (Saiba Mais, Click no Ícone Abaixo)
Internado inicialmente no Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié, também no sudoeste do estado, João Vitor foi transferido para seguir com o tratamento no serviço de oncologia pediátrica da Santa Casa de Itabuna, onde está internado e recebe sessões de quimioterapia. O tratamento dele depende da ação de voluntários e das bolsas de sangue coletadas, processadas, armazenadas e distribuídas pelo Banco de Sangue.
Quem também depende desse processo é a dona Luzia Dionísio Reis, moradora do bairro Califórnia, em Itabuna. Há três anos, ela faz sessões de hemodiálise enquanto espera pelo transplante de rim. “Quase sempre a minha mãe está precisando de transfusão de sangue para se recuperar. Agora mesmo, ela ficou internada na UTI. E precisou receber sangue. Então, o tratamento dela depende da boa ação de voluntários”, conta Kaila Reis Souza.
Kaila Reis destaca que não somente sua mãe, mas tantos outros pacientes em tratamento no novo Centro de Terapia Renal Substitutiva Doutor Renato Costa, no Hospital São Lucas, precisam de doação de sangue. “As doações são fundamentais para que esses pacientes continuem com tratamento. Quero agradecer, de coração, a cada pessoa que se dedica a essa causa tão nobre. Pessoas que demonstram sensibilidade e amor pelo próximo”, diz a filha de dona Luzia Dionísio.
DÉFICIT
O Brasil possui mais de 212 milhões de habitantes- conforme projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)-, e somente pouco mais de 1,6% da população comparece com frequência aos hemocentros e bancos de sangue. Em determinadas regiões do país, o percentual de doadores é ainda menor. No Banco de Sangue da Santa Casa de Itabuna, o déficit na captação gira em torno de 350 bolsas mensais de sangue.
O desafio da unidade é aumentar a média mensal de coletas de 850 bolsas de sangue para 1.200. Antes da pandemia de Covid, em 20219, a quantidade de bolsas coletadas estava muito perto do ideal, com média de 1,1 mil unidades mensais. Caiu drasticamente durante a pandemia e vem se recuperando gradativamente.
Podem doar pessoas com de 16 a 69 anos. É preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. Homens podem doar até quatro vezes ao ano, com intervalos mínimos de dois meses. Enquanto as mulheres podem fazer três doações anuais, com intervalos de três meses entre cada uma.
O Banco de Sangue da Santa Casa de Itabuna funciona no anexo do Hospital Calixto Midlej Filho, na rua Antônio Muniz, no bairro Pontalzinho, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, sem intervalo para almoço. Aos sábados, a unidade fica aberta das 7 às 12h. Mais informações pelo telefone (73) 3214-9126.
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