Para a mídia portuguesa, especialmente a televisão, as eleições no Brasil se resumiram a dois fatos: a “derrota” da candidata oficial e a vitória de Tiririca.
Mostraram várias cenas da campanha do palhaço-candidato, as quais vocês aí no Brasil também devem ter se fartado de ver.
Mais uma vez, saímos mal na foto. A leitura que se faz do fenômeno Tiririca no exterior é simples e rasteira: aquele povo zombeteiro encontrou um legítimo representante para botar no Congresso.
Ninguém reparou que aconteceu justamente o contrário. O palhaço não representa o povo. O palhaço é, sim, a imagem que o povo tem dos políticos, ou da maioria deles.
O problema, então, não se encontra na eleição do Tiririca, contra quem nada tenho.
O problema é que continuamos elegendo pessoas que não nos representam verdadeiramente, sejam elas palhaços, coronéis ou apresentadores de TV.
O vereador, o deputado, o prefeito tem de ser o padeiro da esquina, o médico do posto de saúde, a professora do grupo escolar, o policial da rua de cima - ou até mesmo o palhaço do circo -, desde que seja um sujeito que eu conheça, em quem eu confie, com quem compartilhe ideias e ideais e a quem eu possa fiscalizar.
Isso se chama participação política.
Enquanto povo e políticos jogarem em campos opostos, vai ser difícil descobrirmos o real significado da palavra democracia.
Um abraço.
E NESSE CIRCO BRASIL. NÓS SOMOS OS PALHAÇOS !!!!!
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