
Essa prática, aliás, não é coisa nova e foi vista largamente durante a última campanha política, quando apoiou, ou mandou apoiar, dezenas de candidatos a deputado (federal e estadual). Resultado, não proporcionou uma votação expressiva a nenhum deles, se nivelando por baixo como um cabo eleitoral sem qualquer expressão.Na própria prefeitura as opiniões eram muito divergentes – tanto na campanha política de 3 de outubro como para o legislativo. Tanto naquela época como agora, o único secretário que demonstrou maturidade política foi o da Administração, Gilson Nascimento. Deu a maior votação – entre os secretários – ao seu candidato, nesse caso ao deputado federal Luiz Argôlo, enquanto os outros foram considerados inexpressivos.
Pois bem, a história se repetiu agora para a eleição da mesa diretora da Câmara. Desde o início de negociações de posições para a chapa o preferido de Gilson sempre foi o vereador Milton Cerqueira, porém o secretário costurou acordos, recuando quando necessário, galvanizando apoios na oposição, enfim, formando a chapa vitoriosa sob a liderança de Ruy Machado.

E todo esse imbróglio político foi pensado (quanta pobreza) no gabinete do prefeito, sob a batuta da secretária de Azevedo, Joelma Reis, sem levar em consideração aspectos intrínsecos do legislativo. A tônica seria colocar na presidência um segundo Loiola, ou seja, alguém que pudesse ser manobrado pelo gabinete do prefeito.
E o escolhido foi o vereador Milton Gramacho, atual líder da situação (do executivo), que passou a negociar os altos cargos da Câmara (R$ 4.900,00, cada), para a indicação de Joelma e outros apaniguados do prefeito. Essa foi a única avaliação realizada pela “turminha” do núcleo duro do poder executivo: quanto vai render para cada um. Itabuna que se exploda!

Agora, Azevedo vai ter que negociar exaustivamente cada projeto com o presidente da Câmara, Ruy Machado, político bem articulado e com projetos factíveis para mudar a imagem do Legislativo, a começar pela construção de uma nova sede. A firmeza com que Ruy assume posições é bem diferente da dubiedade e subserviência de Clóvis Loiola, uma marionete nas mãos de Roberto de Souza e do prefeito Azevedo.
“Vão-se os anéis, mas ficam os dedos”. Para bom entendedor, essa é a única “tábua de salvação” a que deve se agarrar o prefeito Azevedo daqui pra frente quando o assunto for o relacionamento com o legislativo. Perderam a batalha dos cargos e subserviência, mas a guerra continua e ainda resta a humildade de reconhecer que “daqui pra frente tudo vai ser diferente”, como na canção de Roberto Carlos, e mudar hábitos e costumes.
É a lei da sobrevivência.
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