Paulo Guilherme Cirino, o “Paulinho”, de 18 anos, foi mais uma vítima da violência urbana em Itabuna que registrou em janeiro de 2010, 20 assassinatos, segundo o Centro de Estatística da Polícia Civil. Ele foi executado com diversos tiros por volta das 21 horas da última terça-feira (1º), na Rua São João Batista, bairro Santo Antônio. A vítima foi abordada por homens armados, sendo dois em uma motocicleta e outro a pé.
Esse crime foi desvendado em menos de 24 horas, após a apreensão de um adolescente de 16 anos, na mesma localidade. Com o menor, os policiais apreenderam em uma casa na Rua Joana Angélica, também conhecida como "Dois Postes", pedras de crack, balanças de precisão digital, tesouras, quatro aparelhos celulares e uma pistola calibre 380, municiada com sete cartuchos. Além disso, foram ainda apreendidas nove munições para revólver calibre 38.
O menor em entrevista ao Radar Notícias admitiu ser o dono da arma, porém, negou a participação no crime de Cirino: “Conhecia Cirino, mas não tinha problema com ele, somente com alguns amigos dele”, justifica.
No entanto, o adolescente que confessou para delegada Sione Porto ter praticado em Itabuna dois assaltos, foi reconhecido por uma testemunha ocular.
Mordaça
A idosa Almerinda Vicente tem 75 anos, é uma das vítimas do tráfico de drogas e vive amordaçada dentro de casa. Durante a abordagem policial na Rua Dois Postes, foi na casa dela que a droga e pistola foram encontradas. Segundo a polícia, o material pertence ao neto identificado como “John”.
A idosa, revelou para nossa reportagem que, saber, ela sabia, mas “falar o que”? Segundo ela, a única opção era fingir que não viu para não morrer. “Meu filho, quando os amigos dele chegava lá para comprar as coisas (crack), eu entrava no meu quarto e me fechava”, revela.
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