em Ilhéus, prefeitos de várias partes do país para discutir, entre outros assuntos, o
pacto federativo, a reforma tributária e o artigo 62 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O evento que será realizado no dia 1º de julho, no auditório da Faculdade de Ilhéus,
terá como palestrantes os tributaristas de expressão nacional, François Bremaeker
(coordenador do Banco de Dados Municipais do Instituto Brasileiro de Administração
Municipal-Ibam), e Edvaldo Brito (professor de direito tributário da Universidade Federal
da Bahia e vice-prefeito de Salvador).
O seminário tem como proposta debater a elevada carga de tributos imposta aos
municípios pelo Governo Federal, que ocasiona efeito cascata na queda do repasse
mensal de cotas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Estes foram alguns
pontos definidos entre o grupo de trabalho formado por José Nazal Pacheco (chefe
de Gabinete de Ilhéus), Josias Miguel e Luciano Veiga, respectivamente, diretor e
secretário-executivo da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da
Bahia (Amurc). A reunião aconteceu na sede da instituição, em Itabuna.
Durante a reunião, o grupo de trabalho discutiu uma das estratégias do seminário que
é redigir no seu final, a “Carta dos prefeitos”, a ser encaminhada posteriormente à
presidente Dilma Rousseff. No texto, serão expostos os principais pontos debatidos e
concluir com a insatisfação dos gestores brasileiros e baianos e solicitar providências em
curto prazo, por parte do Governo Federal.
Na oportunidade, José Nazal Pacheco lembrou que principalmente os pequenos
municípios vêm sofrendo com o arrocho tributário. A União fica com a maior fatia
do “bolo" – 60% –, os estados com 25% e os municípios com 15%. Já Luciano Veiga
ressaltou que com os atuais recursos liberados pelo Governo Federal através do Fundo
de Participação dos Municípios fica cada vez mais difícil cada gestor equilibrar receita e
despesa, diante dos inúmeros problemas que os prefeitos enfrentam diariamente.
Por sua vez, Josias Miguel contou que o debate de Ilhéus não terá nenhuma conotação
político-partidária. Descreveu que o pano de fundo do evento será a extensa discussão
dos efeitos da queda acentuada no repasse mensal do FPM e mostrar como sobrevivem
os municípios pequenos que têm o Fundo de Participação dos Municípios como
principal fonte de receita. Ele observou que atualmente inúmeras prefeituras estão
com dificuldades financeiras para manter em dia a folha de pagamento e honrar
compromissos com fornecedores.
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