
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou por unanimidade na quinta-feira (5), o reconhecimento da união estável para casais homossexuais. Dos onze ministros, dez votaram a favor: Ayres Britto, Luiz Fux, Ellen Gracie, Joaquim Barbosa, Marco Aurélio Mello, César de Mello, Carmem Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e César Peluzo. Não houve voto contrário à aprovação, apenas o ministro Dias Toffoli declarou-se impedido de votar, por já ter manifestado sua opinião publicamente em outras audiências sobre o tema - quando integrava a Advocacia-Geral da União.


O julgamento que teve duas ações em sessão conjunta começou a ser voltada na quarta-feira (4). Uma delas foi protocolada pela Procuradoria-Geral da República, que busca o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. A ação também pede que os mesmos direitos e deveres dos companheiros nas uniões estáveis sejam estendidos aos companheiros nas uniões entre pessoas do mesmo sexo.
A outra ação, apresentada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, alega que o não reconhecimento da união homoafetiva contraria preceitos fundamentais como igualdade, liberdade e o princípio da dignidade da pessoa humana, todos da Constituição Federal.
Diante desses argumentos, os casais homossexuais em situação de união estável poder ter assegurados direitos como a comunhão parcial de bens e a pensão alimentícia (em caso de separação judicial). Os casais também pode exigir judicialmente, de modo mais ágil, a inclusão do parceiro como dependente no plano de saúde e no Imposto de Renda. A decisão também facilita a aprovação jurídica em questões como adoção, licença-gala e sucessão (direitos de herança).
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