Sem licitação, o Ministério do Esporte contratou o Sindicato das Associações de Futebol (Sindafebol) para fazer o cadastramento das torcidas organizadas dentro dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Para o serviço, o governo federal repassou na menos que R$ 6,2 milhões, após contrato assinado no dia 31 de dezembro de 2010. Todo o dinheiro foi liberado de uma vez só, em 11 de abril deste ano. O projeto, porém, não saiu do papel.
O Ministério do Esporte foi célere em aprovar o convênio, entre novembro e dezembro de 2010, com base em orçamentos e atestados de capacidade técnica apresentados pelo sindicato. O negócio rápido e milionário teve um empurrão oficial de Alcino Reis, assessor especial de futebol do ministério e homem de confiança do ministro Orlando Silva - de quem é correligionário no PC do B.
As empresas que aparecem como responsáveis pelos serviços do projeto nunca foram contratadas pela entidade presidida pelo ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi, que conta ainda com outros dirigentes de clubes.
Na terça-feira (30), questionado pelo Estado, o presidente do Sindafebol admitiu que a entidade não tem estrutura para tocar o convênio. "Dissemos ao ministério que nunca tínhamos feito isso", disse Contursi. Os R$ 6,2 milhões recebidos, afirmou, estão parados numa conta bancária controlada por ele próprio. O Ministério do Esporte alega que escolheu o Sindafebol, sem licitação, por ser mais "adequado" para tocar o projeto. Informações do Estadão.
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