O Brasil não pode perder a chance de apoiar Muammar Gaddafi.
O tempo urge: já que a presidente Dilma perdeu a chance de renegá-lo já no início da crise, que seja coerente e mande tropas brasileiras para impedir a queda do ditador líbio.
Não foi por falta de aviso. Aqui mesmo neste blog, em fevereiro, alertamos para que chutássemos o cachorro morto.
Essa diplomacia brasileira é estranha mesmo. Esquizofrênica. Defende os direitos humanos no atacado, mas se omite no varejo.
Da forma como eclodiu a rebelião, estava claro que a ditadura na Líbia estava com os dias contados. O banho de sangue foi anunciado pelo próprio filho de Gaddafi.
Era a hora de o nosso país se posicionar como uma grande nação, irredutível diante da barbárie e guardiã da democracia.
Que nada. Os almofadinhas do Itamaraty convenceram nossa presidente a se manter neutra. Pagamos o mico internacional de defender a “soberania” de um povo oprimido.
Por interesses econômicos, é claro. Afinal, somos um país acostumado a ver o mal prevalecer em troca de um punhado de dólares.
A história se provou menos cínica. O cara dançou legal. O povão pegou em armas, foi às ruas e derrubou 42 anos de um governo despótico, cruel e assassino. Perdeu, playboy.
Mas o Brasil dançou junto. Que pelo menos se mantenha a coerência. Vergonha maior seria virar a casaca. Vamos até o fim! Viva Gaddafi! Tudo em nome da soberania das nações escravizadas!
Estamos assistindo a um momento raro, em que sistemas totalitários estão sendo enfrentados corajosamente. A Primavera Árabe. Tunísia, Egito, Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Síria, Omã e Iêmen.
Seus ditadores e déspotas estão sendo encurralados. Mas o Brasil é um país cordial.
Não quer se meter em encrenca. Mas também não pode ficar em silêncio diante dos fatos. Nem ir a reboque de quem tem sangue nas veias, como se fossemos um país de covardes.
Ai, que saudades do Nelson Jobim! Ele, sim, teria coragem de mandar um helicóptero do Exército brasileiro resgatar o Gaddafi. Já que é para ser bundão, vamos até o fim!
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