Só falta aos legisladores brasileiros regulamentarem a Lei da Gravidade. Ou proibirem o efeito estufa. Todas as outras inutilidades já estão sendo feitas. A Lei da Palmada é só mais um tapa na cara que levamos daqueles que deveriam estar fazendo algo de útil para a sociedade. Bando de desocupados.
Que mania de se meter na vida dos outros. Todos sabemos que, se um pai agredir ou maltratar seus filhos, já existem instrumentos suficientes para colocá-lo em cana e até mesmo tirar-lhe a guarda. Ninguém, mas ninguém mesmo, defende que crianças sejam espancadas, torturadas ou oprimidas pela família.
Para que essa frescura, então? O projeto que vai para o Senado chega ao requinte de proibir “ameaças e humilhações”. Pelo que entendi, “ameaçar” tirar a TV por uma semana da criança malcriada passou a ser crime? Exigir, em público, que ela pare de gritar e espernear num shopping não seria humilhante demais?
Se um bêbado acender um cigarro num bar, quem paga é dono do boteco. Se um menor de idade compra bebida alcoólica com documento falso, quem se ferra é o dono da padaria. E agora, se uma mãe bate no filho, quem é multado é a professora, o médico ou assistente social que não denunciar o caso à polícia.
É o Estado invadindo a vida privada de todos, mas sem tomar nenhuma providência ou assumir responsabilidades. Patifaria.
Com certeza, essa lei vai ser aprovada e sancionada. Como todas as outras que não exigem investimentos em seguranças, saúde ou educação.
Daqui uns anos, para dar a impressão de que esse país funciona, algum gênio vagabundo vai propor a Lei do Puxão de Orelha. Para que fique bem claro como somos todos uns imbecis.
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