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Falta de bom humor vira caso de polícia




Esse nosso mundo está ficando muito chato. Insuportavelmente chato. Já está na hora de as pessoas de bem com a vida se mobilizarem contra a epidemia de conservadorismo que atende pelo nome de politicamente correto.
A última cacetada moralista vem de uma tal Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo. Os burocratas desocupados querem fechar uma boate, a Kitsch, por conta de um espetáculo humorístico que ocorreu nesta segunda, 12. Parece piada, mas não é.
No evento, a proposta era fazer uma noite só com anedotas racistas e sobre todo naipe de minorias. Ninguém foi obrigado a ir, todos que estavam lá eram maiores de idade, pagaram ingresso e tinham consciência do que iam assistir.
Todos, menos um músico da banda contratada para tocar vinhetas e outras bobagens. Pois o cidadão, um artista que deveria ter alguma afinidade com a liberdade de expressão, além de chegar atrasado, ainda resolveu se ofender quando um dos humoristas usou a velha expressão “macaco” para se referir ao baterista negro.
O cara chamou a polícia que, milagrosamente, apareceu. Fosse um assalto com vítima fatal, provavelmente ainda estariam esperando. Parece que chegaram num acordo e tudo ficou por isso mesmo. Mas aí vêm nossos valorosos funcionários públicos botar água fervente na fritura. Caramba. Que gente mal-humorada.
Pausa. Detesto piadas racistas, principalmente quando não têm graça nenhuma. Merece meu desprezo esse humorzinho deliquente tão bem (ou mal) representado pela turma do CQC e Pânico na TV. Lembro-me da espetacular e antológica declaração da atriz Vera Zimmermann: “Detesto quem tem preconceito contra as raças inferiores, como os negros e os japoneses”.  Detesto. Ponto.
Mas daí a fechar e multar uma boate por causa de uma anedota ruim chega a ser mais infame que a existência do Danilo Gentili.  Chamar a polícia por causa disso? Tenha dó. Ainda mais quando aconteceu num ambiente fechado, pretensamente artístico, em que os organizadores tiveram o cuidado de fazer com que os presentes (menos o baterista impontual) assinassem um termo de ciência a respeito de piadas preconceituosas. Menos, menos.
E porque não fazemos nada, esses velhacos estão tomando conta do mundo. Até tomar cerveja na calçada e na praia querem proibir. Convenhamos. Temos coisas mais importantes com que nos ofender. A candidatura de Juçara a prefeitura de Itabuna, por exemplo.
Fonte o provocador.

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