Nunca antes na história desse estado uma pessoa foi tão hostilizada pela população. Na comemoração da Independência da Bahia, para onde quer que guiasse os seus olhos, o governador Jaques Wagner só via faixas como “Fora, Wagner”, “Pede para sair”, “Get out, JW”, “Governador, acordo é para ser cumprido”, dentre outras cujo teor é impublicável.

Mantendo a praxe no tocante aos seus métodos de solução de conflitos, de todo tipo de artifício tirano o governador lançou mão para afastar o povo e suas democráticas manifestações do seu entorno: mudar o desfile para uma hora antes do horário oficial e chegada da população (vale dizer: isso nunca havia acontecido na Bahia); segurar o cortejo dos professores para que não conseguissem se aproximar de sua ala; cercar-se de seguranças cujo comportamento objetivava intimidar os protestantes; não realizar o discurso no hasteamento da bandeira… Com essa “correria” para sair logo do ambiente popular, Wagner conseguiu que às 9 e pouca da manhã, quando na verdade o cortejo deveria estar saindo da Lapinha, o mesmo já findasse no Pelourinho.
Mas de nada adiantou tanto subterfúgio! JW levou vaia por horas a fio… E, sem outra opção, fez a vontade popular: pediu para sair.
E o fez deixando uma certeza ao povo da Bahia: sua fuga durante o percurso simboliza que os baianos possuem um governador que não pode encarar as ruas sem sofrer as consequências dos “méritos” de sua (péssima) administração. As vaias.
0 comentários:
Postar um comentário
Não será publicado comentário ofensivo ou com palavras de baixo calão,nem será aceito qualquer tipo de preconceito