Com todo o respeito ao mestre Jorge Portugal, mas é fato que no artigo que assina hoje em A Tarde ele perdeu uma grande oportunidade de explicar suas relações com o Governo da Bahia.
Em um texto pueril, muito aquém de sua notória habilidade com as palavras, o professor diz ter firmado o contrato de R$ 1,59 milhão com a Secretaria de Educação do Estado porque estava preocupado com o futuro dos estudantes que sonham com uma vaga na universidade.
Longe deste blog duvidar das nobres intenções do mestre, mas não é sua nobreza que está em discussão. Em primeiro lugar, o que se questiona é a péssima condução da greve do magistério pelo Governo do Estado, devido a percalços gerados pelo próprio Jaques Wagner, ao assinar um acordo que não seria capaz de honrar. Ponto.
Em segundo lugar, na tentativa de explicar a contratação da Abaís – empresa de Portugal – a Secretaria de Educação saiu com uma emenda muito pior que o soneto. Afirmar que o pagamento de R$ 1,59 milhão se justifica por se tratar de professores “de ponta” foi como chamar os grevistas de ratataia, rebotalho, produto encalhado e de pouco valor.

Vá lá que R$ 1,59 milhão por 384 aulas, com professores “de ponta” e grande aparato tecnológico, não seja assim um valor tão exorbitante. Não é isso. O problema foi a explicação torta, agravada pelo histórico de Portugal, que nos últimos quatro anos recebeu R$ 6,8 milhões do governo baiano, sem se submeter àquele negócio chato chamado licitação. Tais deferências não foram explicadas no artigo publicado na página 3 de A Tarde.
Amigo dos home, o mestre apareceu em um vídeo gravado para a campanha eleitoral de 2010, no qual rasga elogios para o então candidato a deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), ex-diretor da Petrobras. Portugal, escritor e poeta, inventou até o verbo “rosemberguiar”, esclarecendo que o neologismo significaria “guiar a Bahia pelos melhores caminhos”.
Que maravilha, o professor sabe escolher os caminhos por onde anda! Perdidos estão os que atuam na rede estadual de ensino.
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