Fiquei esperando para ver se haveria alguma repercussão. Nada. A presidente Dilma sancionou, em 19 de julho, projeto de lei que criou o mais recente assalto aos cofres públicos. E ninguém reclamou.
O nome da bandalheira é pomposo: Programa de Estímulo à Reestruturação das Instituições de Ensino Superior. Proies.

Mas é fácil de traduzir: trata-se de mais uma escandalosa anistia, esta equivalente a inacreditáveis R$ 15 bilhões.
Os beneficiários da vez são cerca de 500 faculdades e universidades privadas, uma boa parte delas de qualidade mais do que duvidosa, que não pagam seus impostos há anos, na certeza de que neste País vale a pena ser desonesto.
A contrapartida por essa mamata é o de sempre: bolsas de estudo que poderão chegar a também impressionantes 500 mil matrículas, o que dobraria a oferta atual do famigerado Prouni. Uau? Não.
Claro que há os bajuladores que defendem o novo programa, acreditando, por ingenuidade ou burrice, que se trata de uma revolução que vai incluir no ensino superior milhares de estudantes pobres. Balela.
Já vimos esse filme antes. Por mais que o discurso oficial festeje o Prouni, o fato é que ele surgiu de outro desfalque histórico em benefício dos capitalistas do ensino.
Enterraram a lei da filantropia bem no momento em que o INSS e o MEC, após uma década de investigação, iriam finalmente cobrar a fatura de picaretas ilustres e poderosos que jamais pagaram um mísero centavo dos milhões devido aos cofres públicos.
Zeraram uma dívida secular em troca das vaguinhas ociosas de cursos encalhados onde empilharam a juventude pobre deste País.
Sim, ou alguém acha que o Prouni oferece boas vagas de engenharia e medicina ou cursos nobres de exatas e tecnologia? Claro que não.
Saibam que 65% das matrículas estão na área de humanas, naqueles cursos vagabundos que não geram emprego nem conhecimento. Um bom negócio para os sacanas de sempre. A peso de ouro, o governo compra lixo encalhado.
O Proies é mais do mesmo. A velha receita de sempre. Remar e remar, sem sair do lugar. O Brasil é um fracasso na área de educação. Uma vergonha. Um atraso. Um desperdício de gerações. E de dinheiro. Enviado via tablet.
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