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“NÃO EXISTE UMA SÓ OBRA EM ITABUNA FEITA PELO GOVERNADOR”, AFIRMA ZÉ SILVA

O vereador Zé Silva, do PSDB, propôs na Câmara de Itabuna uma moção de repúdio contra o governador Jaques Wagner, como forma de cobrar a conclusão do Teatro e Centro de Convenções de Itabuna. A obra foi paralisada em outubro de 2006 pela gestão do ex-governador Paulo Souto. Quando assumiu em 2007, o governo do PT alegou problemas estruturais e não concluiu o prédio.

A moção do Vereador Zé Silva não obteve os votos suficientes para ser aprovada.  Em entrevista a este blog, o parlamentar esclarece os motivos da proposição e por que foi rejeitada.

Vereador Zé Silva (PSDB) na obra em ruínas do Teatro e Centro de Convenções de Itabuna. Imagem: Gabriela Caldas/Blog do Gusmão.

Vereador Zé Silva (PSDB) na obra em ruínas do Teatro e Centro de Convenções de Itabuna. Imagem: Gabriela Caldas/Blog do Gusmã

BG. Por qual razão a maioria dos vereadores não aprovou a moção de repúdio ao Governador Jaques Wagner por não concluir a obra do Centro de Convenções? Houve subserviência ou medo?

Zé Silva. A verdade é que o líder do PT na casa, o vereador Junior Brandão, pediu aos vereadores do partido e que compõem a base do governo para não votar na moção. Em decorrência disso, nós não conseguimos obter 2/3 dos votos, que correspondia a 14. Obtivemos 11, que não foi suficiente para mover a moção de repúdio contra o governador.

BG. Qual foi o objetivo do senhor ao apresentar a proposta?

Zé Silva. O objetivo é ver uma obra de grande relevância para o município de Itabuna concluída. Essa obra é de suma importância, tendo em vista que nós temos muitas faculdades e seus alunos precisam recorrer a Ilhéus para colar grau. A cidade não possui um espaço para essa finalidade. E não é só isso, essa obra vai dar um “boom” muito grande em Itabuna porque o Centro de Convenções pode trazer grandes eventos. Já foi requisitado ao município fazer alguns eventos e isso ficou impossibilitado pela falta de um local adequado. Além disso, ao lado dessa obra está sendo construído o novo Fórum. É uma contradição muito grande. A justiça está ao lado de uma injustiça, pois a obra que deveria ser orgulho para os itabunenses, está jogada no meio do mato. O que mais indigna é saber que já foram desperdiçados mais de 3 milhões do dinheiro público numa obra que não teve continuidade.

BG. O senhor é do PSDB partido que faz oposição ao governador. Essa foi a maior motivação?

Zé Silva. Não. A minha maior motivação é saber que ali é um espaço importante e que o governo abandonou há 7 anos. Uma obra de relevância para a nossa região. Não seria apenas o Centro de Convenções, mas o Teatro Municipal e uma biblioteca. Seria um resgate da cultura na cidade. O povo de Itabuna clama por sua conclusão e isso foi o que mais me motivou.

BG. Na sua opinião, qual o real motivo da obra ter parado em 2006 e não ter sido retomada?

Zé Silva. Não existe uma só obra em Itabuna feita pelo governador. O atual governo não olha pela cidade e por isso a obra está esquecida com tanto dinheiro jogado fora.

BG. O senhor acredita que essa obra ainda possa ser concluída? Tem ideia de quanto seria necessário a conclusão?

Zé Silva. Ela vai precisar de novos recursos para ser terminada, tendo em vista o estado de ruína em que se encontra. Existe uma parte do material da cobertura que já está ruindo. Outros materiais foram deteriorados com o tempo e precisam ser substituídos. Ela precisa ser finalizada, mas acredito que agora seu custo pode chegar a 25 milhões. Bem acima do valor que estava previsto inicialmente, que era 20 milhões. 

BG. O senhor acredita que o fato da obra ter sido idealizada pelo ex-prefeito Fernando Gomes, adversário do PT, contribuiu para o seu abandono? O terreno pertenceu ao ex-prefeito e havia suspeitas que ele, na verdade, quisesse valorizar a área.

Zé Silva. Pode ter contribuído sim. Eu não acredito que a interrupção da obra tenha sido apenas uma questão técnica como o governador declarou. Na minha opinião, a questão política pode ter contribuído muito.

Entrevista: Gabriela Caldas.

Edição: Emílio Gusmão.

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