Pouca gente em Itabuna já ouviu falar em Adalmiro Leôncio da Silva, mas como músico ele ajudou a embalar casais enamorados desde os anos 60 tocando em grupos musicais. Com seu carisma peculiar, o mestre das baterias Sabará é considerado um ícone da cultura regional. “Ele é um dos poucos que conseguiu alcançar um patamar de sabedoria artística, capaz de irradiar uma áurea contagiante”, elogia Fernando Caldas, diretor de Projetos da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC).
Para o mestre Sabará, a FICC nunca foi tão abrangente como atualmente. “Antes era tudo centralizado, mas agora está se buscando a descentralização”, disse o baterista, referindo-se ao projeto da instituição que está levando arte, cultura e entretenimento para cada bairro da cidade por meio de agentes multipli cadores qualificados, com o objetivo de oferecer mais oportunidades de inserção a crianças e adolescentes.
Artistas regionais reconhecem e enaltecem o esforço da nova gestão da FICC em proporcionar mais valorização aos artistas locais. Eles acreditam que muita coisa boa ainda será feita e elogiam o novo espaço da Fundação que está com uma roupagem muito mais artística.
Marcelo Lobo atua há 25 anos com coreografia, teatro e dança dentre outras artes e observa grandes avanços na relação da instituição de cultura do município e o artista. Lobo relata que a classe está sendo mais valorizada, com mais oportunidades e afirma que a atual gestão da FICC tem trabalhado para revelar novos talentos regionais. “Muitos se intitulam artistas, mas na verdade são oportunistas que terminam passando para a sociedade uma imagem deturpada da classe”, argumentou.
O artista plástico e artesão José de Souza dedicou boa parte da vida a arte. Ele agradece o apoio da FICC na Casa do Artesão, um espaço de exposição permanente de artesanato no Calçadão da Rui Barbosa, centro da cidade, e sente a dedicação da nova diretoria da Fundação em valorizar o artista regional.
O artesão vê perspectivas boas com a criação da sala de exposição, no prédio da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), na Praça Laura Conceição, que em sua opinião possibilita maior visibilidade ao seu trabalho.
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