TRANSPARÊNCIA

Josias Miguel ([email protected])

ACI-Associação Comercial de Itabuna, divulga nota conclamando a sociedade para aderir a um movimento que intitula “TRANSPARÊNCIA” nas votações da Câmara Municipal de Itabuna. Até aí, tudo normal. Ocorre, porém, que o Regimento daquele Legislativo já prevê votações abertas. O que realmente está por trás disso é a rejeição das contas da Prefeitura no exercício de 2011, penúltimo ano do governo Azevedo. Sem dúvida que melhor seria se todas as votações nos poderes legislativos - federal, estaduais e municipais - fossem abertas, de forma que a sociedade tivesse a oportunidade de conhecer os posicionamentos dos parlamentares que elegeu. Com o que não se pode coadunar é com a tentativa de transformar uma associação que tem por finalidade fomentar os negócios para geração de emprego e renda em palanque eleitoreiro, atendendo aos caprichos e descontentamentos pessoais de alguns e para fins político-partidários. Durante a gestão passada da ACI, foram votadas e aprovadas as contas do ex-gestores Geraldo Simões, Fernando Gomes, Edson Dantas (ex-presidente da própria Câmara) e Nilton Azevedo, sem que ela sequer se manifestasse a respeito. É fato que as entidades de classe e a sociedade organizada devem estar preocupadas com o atendimento dos interesses de todos, mas nunca promover reuniões de seus diretores para pressionar, exigir,que vereadores façam pré-julgamento das contas das prefeituras, gestão de quem quer que seja e assuma o compromisso de que votará pela rejeição, como aconteceu segunda-feira passada em reunião convocada para este fim pela ACI e proposto durante reunião do Rotary Clube de Itabuna. Pela regra, as contas da Prefeitura, do exercício em questão, devem estar à disposição de quem interessar possa na sede do Poder Legislativo durante 60 dias, a contar do dia 27 próximo passado. Ali está a oportunidade dada a todos para que verifiquem as razões pelas quais o TCM sugere aos edis que rejeitem tais contas. É a verdade dos fatos.