pré-sal ameaçados pelo projeto de lei de José Serra
O deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB-Ba) discursou hoje (25/02) no
plenário da Câmara e, na condição de vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da
Petrobras, registrou “com enorme tristeza” a votação que ocorreu ontem no Senado,
flexibilizando a condição da Petrobras como operadora única do pré-sal. Conclamou senadores, deputados, movimentos sociais e sindicatos para um “grande movimento nacional em defesa da Petrobras e do pré-sal”, para a próxima quarta-feira, 2 de março, 10 horas, na Câmara dos Deputados.
O projeto aprovado no Senado segue agora para votação na Câmara. O deputado acusou a mudança proposta pelo senador José Serra de “entreguista” e que a votação no Senado foi “uma derrota para as conquistas nacionais”. Disse ainda que o tucano está a serviço das multinacionais: “Os seus contatos e articulações com a multinacional Chevron já
foram amplamente denunciados pela imprensa”.
Davidson Magalhães denunciou ainda que a mudança implicará na perda da verba social (50%) da exploração oriunda do pré-sal, conforme vigora atualmente: “A mudança
proposta pelos tucanos abre o setor do pré-sal às multinacionais, num momento de crise econômica e de dificuldade da área do petróleo, “e isto significa vender ativos da companhia a preço de banana”.
Argumentou que a Petrobras tem dado demonstração de recuperação e lucro na produção, “batendo todos os recordes”. Reafirmou que a crise não é apenas da Petrobras mas de “todas as grandes petroleiras do mundo devido à queda do preço do petróleo no mercado internacional”.
E finalizou afirmando que a permanência da exploração única da Petrobras no pré-sal
garante que os recursos venham para a educação e saúde “mas também significa preservar
nossa riqueza, o petróleo, patrimônio do povo brasileiro”.
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