Foi
realizada na manhã de sábado (30), no Conjunto Penal de Itabuna, a solenidade
de entrega de certificados de formação profissional de internos e internas que
cumprem ou cumpriram pena na instituição. Os cursos fazem parte do processo de
ressocialização, previsto na Lei de Execuções Penais. Ao todo foram expedidos
29 certificados, que os torna aptos a exercerem legalmente as profissões
cursadas.
Os
cursos são promovidos pela empresa Socializa Brasil, que administra o presídio
em regime de cogestão com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de
Administração Penitenciária e Ressocialização. São ministrados por
profissionais das respectivas áreas e tem supervisão de uma terapeuta
ocupacional, além do acompanhamento da Vara de Execuções Penais e da 13ª
Promotoria do Ministério Público Estadual, em Itabuna.
O
diretor do Conjunto Penal de Itabuna, capitão PM Adriano Valério Jácome,
afirmou que esse é um momento importantíssimo para a instituição. “A cada
interno que formamos, temos a consciência de que estamos promovendo uma
possibilidade dele não voltar a delinquir, porque terá uma oportunidade de se
se empregar ou, até, de montar seu próprio negócio, com uma profissão certificada”.
Com
a participação de diversos familiares, a solenidade foi marcada pela emoção.
“Essa é a primeira vez que faço minha mãe ter orgulho de mim. Obrigada pela
oportunidade”, discursou uma das internas laureadas.
Já
outro interno, que também discursou, lembrou que a vida de cada um dos que ali
estão não se encerra no cárcere. “Nossa vida não para aqui. Agradeço a Deus e
aos dirigentes do presídio por essa oportunidade, sabendo que agora depende de
nós, após sairmos, nunca mais voltarmos para esse lugar como presos”, declarou.
“Vida nova”
Mas
quem realmente emocionou a todos foi a filha de uma das internas certificadas.
Ela foi além dos parabéns e declarou sua alegria em ver a mãe diferente da
última imagem que dela se lembrava. “Quero agradecer por vocês cuidarem dela.
Minha mãe está tão linda!”, observou, entre lágrimas.
Entre os novos profissionais, um eletricista
predial que recebeu alvará de soltura há uma semana fez questão de ir receber o
certificado e contou que já está trabalhando. “Para mim, essa profissão vai ser
um grande apoio
para mais nunca voltar a praticar o que fiz no passado. Agora, é vida nova”.
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