A Organização Mundial
de Saúde (OMS) diz que o número de pessoas com alta miopia disparou nos últimos
anos e deve crescer em todo o mundo nos próximos 30 anos. O principal motivo
apontado pela organização seria a mudança no nosso estilo de vida com o uso
excessivo de tecnologia (celular, tv, tablet, computador).
De acordo com o Dr.
Bernardo de Oliveira Almeida, oftalmologista do DayHORC, empresa do Grupo
Hospital de Olhos do Brasil (HOBrasil) localizada em Itabuna (BA), a alta
miopia é caracterizada por erro refrativo de pelo menos -6,00 graus e é
frequentemente associada com prolongamento excessivo e progressivo do olho,
resultando em uma variedade de alterações fundoscópicas, associadas com graus
variáveis de perda visual.
O oftalmologista diz que a recente elevação da prevalência da miopia espelha uma
tendência em diversos países de as crianças gastarem cada vez mais tempo em
frente às telas de computadores, tablets
e smartphones. Com isso, o esforço
visual para enxergar tão perto faz o sistema ocular perder o foco para longe
com mais facilidade. “O uso de equipamentos com telas cada vez menores fez a
miopia crescer no mundo todo, inclusive no Brasil, principalmente entre
crianças”, aponta.
A miopia ocorre quando
a imagem de um objeto distante é formada anteriormente ao plano da retina, o
que resulta em visão a distância turva. “Ela já é o erro de refração mais comum
mundialmente e sua prevalência vem aumentando de forma significativa”, diz. O
primeiro sinal do problema é a redução da acuidade visual a distância.
As queixas mais comuns
são a visão embaçada quando se olha para objetos distantes, a necessidade de
apertar os olhos ou fechar parcialmente as pálpebras para ver
claramente, dores de cabeça causadas por fadiga ocular excessiva e dificuldade
ao dirigir um veículo, especialmente à noite. “Não existe uma única causa para
a miopia, podendo o problema ser de ordem genética ou ambiental”, comenta o
médico.
O tratamento padrão para
miopia é a utilização de lentes corretivas (óculos), principalmente para as
crianças. Outra opção são as lentes de contato, indicadas para pacientes com maturidade/responsabilidade
o suficiente para manuseá-las e conservá-las adequadamente. A depender do tipo,
o grau e a estabilização da progressão da miopia, existem algumas opções
cirúrgicas que visam a correção da miopia para quem deseja corrigir o problema e
ficar independente de óculos ou lentes de contato.
As mais comuns são PRK
(ceratectomia fotorrefrativa) e LASIK (Laser
Assisted In Situ Keratomileusis). “Ambas consistem na utilização do Excimer Laser para moldar e tornear a
córnea. Esse laser é capaz de torná-la mais plana ou mais curva, de forma a
alterar o seu ponto focal, corrigindo o erro refrativo”, esclarece. Mas o médico
alerta que nem todas as pessoas podem se beneficiar da cirurgia refrativa. Portanto, é necessário consultar um
oftalmologista e fazer avaliações para saber se o olho do paciente pode ser
submetido ao procedimento.
Hábitos simples, como sair
de casa com mais frequência, podem prevenir o aumento da miopia. ”Estudos com
crianças e adolescentes, na Dinamarca e na Ásia mostram que mais tempo
ao ar livre e a exposição à luz do dia estão diretamente ligados a um número
menor de casos de miopia”, diz. A condição
pode causar cegueira, uma vez que pacientes com o problema têm riscos
maiores de sofrer algumas degenerações de polo posterior. “Precisamos ficar
sempre atentos e realizar exames de rotina para avaliação”, conclui Dr.
Bernardo de Oliveira Almeida.
Sobre o HOBrasil
O Hospital de Olhos Brasil (HOBrasil) nasceu da associação de
um grupo de médicos e o Fundo Pátria Investimentos. Atualmente, o grupo está
formado pela associação do Instituto de Olhos Freitas, DayHORC e Clínica Villas
(Bahia); Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB) e INOB (Distrito Federal);
Hospital de Olhos Santa Luzia (Alagoas), Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem
(Santa Catarina) e HCLOE (SP). Iniciadas suas operações em abril de 2016, hoje
é o maior grupo da América Latina no segmento. Seu modelo associativo mantém o
médico à frente do negócio, proporcionando possibilidades importantes para o
futuro das clínicas em um cenário cada vez mais competitivo.
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