Uma audiência virtual na tarde de
ontem (8) trouxe a Itabuna o advogado Alessandro Prazeres Macedo, assessor
jurídico do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), e o professor Ricardo Luiz
Souza, que ensina sobre Administração Pública há 20 anos. Requerido pelos
vereadores Júnior Brandão (Rede) e Jairo Araújo (PCdoB), o encontro teve como
principal objetivo buscar orientações sobre a fiscalização dos gastos do Executivo
enquanto permanecer a situação de calamidade pública provocada pelo coronavírus.
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Presidente da Comissão de Finanças da
Casa e daquela reunião remota, Jairo frisou o quanto aumentou a curiosidade da
população e a cobrança de uma rígida fiscalização dos recursos para combate à
Covid-19. Dr. Alessandro, lembrando a Lei de Acesso à Informação, frisou que a
Prefeitura deve tornar públicos todos os gastos. E evidenciou: o vereador pode
e deve levar denúncias do TCM, que tem um prazo de 48 horas para responder a
medidas cautelares recebidas. “A Câmara de Itabuna tem feito muitas consultas
ao Tribunal; esse é o interesse de não errar”, reconheceu.
No entender do advogado, a melhor
fiscalização por parte dos edis precisa de conhecimento sobre toda a tramitação
de compras, com os respectivos processos. “O site é o pontapé inicial”,
constatou. E alertou para a legitimidade da Câmara para uma minuciosa
verificação dos atos. “O Executivo jamais pode recusar; não cumprir a Lei de
Acesso à Informação é crime federal”, destacou.
Cobrança de transparência
O professor Ricardo Souza apontou equívocos
que encontrou na página sobre Covid-19 no site da Prefeitura. Entre eles, a não
publicação imediata de informações relativas a gastos emergenciais. Ademais,
ele considera fundamental detalhar as rotinas desde a contratação até a entrega
de produtos e serviços.
Alertando para a cautela necessária
antes de pagamentos antecipados de compras e ressaltando serem muitos os
mecanismos disponíveis para a coisa pública ser tratada com transparência,
resumiu: “A cada dia, me afasto da possibilidade de justificar uma compra
emergencial; fazer licitação continua sendo a regra para diminuir custos”.
Comissão para acompanhar
Júnior Brandão mencionou a Comissão
Especial de Estudos recém-criada pelo Legislativo itabunense, que permitirá
acompanhar detalhadamente os gastos na pandemia. O conteúdo das palestras de
ontem, inclusive, já deu elementos para fortalecer o trabalho desse grupo por
ele presidido.
O vice-presidente é Aldenes Meira
(PP); como relator, Antônio Cavalcante
(Republicanos); o secretário é Enderson Guinho (Cidadania) e o
secretário-adjunto, Beto Dourado (Solidariedade). Todos acompanham a reunião,
junto com Babá Cearense (PSL), Charliane Sousa (MDB), Pastor Francisco (Republicanos)
e um edil do(PP). Por fim, consideraram verdadeiras aulas – para os homens
públicos e os demais cidadãos – as palestras ocorridas ontem.
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