Em sessão solene na quinta-feira (20), a Câmara de Itabuna celebrou o primeiro Dia Municipal do Maçom. O Plenário Raymundo Lima abriu as portas para os líderes das seis lojas maçônicas, acompanhados de outros 12 integrantes da entidade e de vereadores (maioria de forma remota). O edil Enderson Guinho (Cidadania), na presidência do ato, deixou claro que “a Casa não poderia deixar de render homenagem à tão honrada e reconhecida maçonaria; homens que têm contribuído de forma exemplar com nossa sociedade”. (Saiba Tudo, Click Abaixo)
Instituída pelo
Legislativo, a data será anualmente comemorada daqui por diante. O projeto para
o Dia do Maçom teve como autor o vereador Ricardo Xavier (Cidadania),
representado na solenidade pela mãe dele, Maruse Dantas. O relator da matéria,
Júnior Brandão (Rede), destacou as frequentes sessões especiais realizadas pela
Câmara, para honrar as entidades, e lembrou que “as lojas maçônicas propõem soluções
para nossa cidade”.
O
presidente (venerável mestre) da Loja Maçônica 28 de julho, Rafael Gama
Moreira, definiu: “O maçom é o homem que labuta com as ferramentas do seu tempo
para edificar a grande obra universal”. Ele frisou que a comunidade é a grande
razão do trabalho do grupo, cujo pensamento sempre vai da esfera global para a
instância local.
Lembrou – e saudou
– os familiares dos irmãos perdidos para a Covid-19; os tão necessários
profissionais de saúde, os de limpeza e disse que, a exemplo da Câmara, a
maçonaria é pródiga em homenagens. Por fim, como reconhecimento ao papel do
vereador Ricardo Xavier para tornar lei aquela data, passou às mãos de Maruse
Dantas um certificado de agradecimento.
Gama reiterou a
alegria que traduz ver a Câmara marcar o Dia do Maçom no calendário de eventos
em Itabuna. “Sabemos que o Poder Legislativo Municipal é um interlocutor importante
da instituição maçonaria, que visa auxiliar no processo de construção de uma
sociedade mais justa. Essa homenagem é um grande encontro de instituições que
voltam seu olhar para a comunidade e buscam soluções e alternativas para
amenizar a dor daqueles que sofrem”, argumentou.
Acolhida e gratidão
Os presidentes e
demais componentes também manifestaram gratidão pela homenagem, finalmente
legitimada no município. Nelson Barbosa Lopes, da Loja Acácia Grapiúna, pontuou
que “a maçonaria acolhe o homem, melhora a família, o convívio e a comunidade”.
Por ela ter menos de 200 anos de história, considerou, a entidade “está
engatinhando na melhoria da sociedade”. Mas, ressalvou: “está espalhada em
todas as camadas e todas as áreas”.
A pioneira “Areópago
Itabunense” (de 98 anos), presidida por José Jorge de Santana, foi representada
por Herculano Neto – ele manifestou o desejo de ver uma praça na cidade
dedicada aos maçons. Já o nome da Loja Areópago Grapiúna foi representado pelo
presidente Jorge Braga, que evidenciou entre os valores zelados pela entidade “saúde,
segurança e sabedoria”; e o trabalho constante para “tornar feliz a
comunidade”. Em nome da “Construtores do Templo”, o presidente Tales Almeida
Andrade destacou “a importância do maçom enquanto agente social”.
Considerada a
caçula das lojas maçônicas (com apenas dois anos), a “Antônio Costa” foi
representada por Wanderley Machado, para quem “ser maçom é construir uma
sociedade mais justa e fraterna; ser amigo de ciência e constatar a ignorância;
ser tolerante e praticar a caridade” e “transformar o pensamento em ações
concretas”. Mas ele pondera: “Para tal, precisamos estar em consonância com
pessoas imbuídas dessas mesmas responsabilidades”.
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