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Ela pontuou, ainda, sobre os equipamentos disponíveis e os desafios para unir governo e sociedade nessa causa. “O mais forte é a consolidação das redes de enfrentamento, compostas pelos serviços de acolhimento à mulher em situação de violência, com delegacias especializadas, casas abrigo, Patrulha, Ronda Guardiã Maria da Penha e os CRAM. Consolidar essa rede, incluindo Defensoria, Ministério Público e Tribunal de Justiça é muito importante”, argumentou.
Participaram da sessão, os vereadores Cosme Resolve, Manoel Porfírio, Israel Cardoso e Ronaldão.
Autora da
solicitação para aquela sessão especial, a vereadora Wilma de Oliveira (PCdoB)
citou a força da rede de proteção em torno do enfrentamento e pela mudança de
postura entre os agressores. “Aqueles que não alcançarem a consciência vão ficar
pra trás. Esta é uma discussão a ser levada para fora dos ambientes”,
constatou.
O edil Cosme
Resolve (PMN) opinou sobre a chance para cada homem rever condutas movidas por
ciúmes, possessão e agressividade. Na mesma linha, Ronaldão (PL) entende que “todos
devem partir para o embate em defesa da mulher”. Israel Cardoso (PTC) citou lei
aprovada na Casa para “reforço das políticas de valorização da figura feminina
e combate ao machismo e à violência”.
Por sua vez, Manoel
Porfírio (PT) evidenciou a importância de mais vereadoras, deputadas, senadoras
– elas com voz na transformação social através de cargos eletivos. “Queremos
mais mulheres inseridas no contexto político”, estimulou.
“Responsabilidade de todos”
A coordenadora de área da Patrulha Guardiã Maria da Penha, Débora de Jesus Santos, mostra a elevação de quase 73% nos registros de violência contra a mulher em Itabuna. Foram 583 casos de janeiro a julho de 2020 e cerca de 800 no mesmo período deste ano. Ressaltou a importância das denúncias ao se saber de uma mulher agredida.
Já a defensora
Juliana Florindo, mencionou o paradoxo que é o Brasil ter a terceira melhor
legislação do mundo para punição à violência contra mulheres, ser o terceiro
que mais prende e, em contrapartida, o quinto que mais mata. “Vemos que a
prisão não impede a elevação de casos. Esse é um mês para chamarmos a atenção para
a conscientização; é responsabilidade de todos”, observou.
A presidente do Conselho Municipal dos
Direitos da Mulher, Célia Evangelista, falou sobre a ampliação do órgão agora
reativado. E trouxe indagações à secretária, a exemplo de melhor estrutura para
a DEAM (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) – inclusive equipe
multidisciplinar com psicólogo, educador e assistente social.
Lá também estava a coordenadora do CRAM
(Centro de Referência de Atendimento à Mulher), Aline Soares. Ela lembrou que o
equipamento, reinaugurado recentemente em Itabuna, oferece atividades para
vítimas de agressão e os filhos delas.
Presidente da Comissão da Mulher da
OAB-Itabuna, a advogada Andrea Peixoto frisou o valor da sociedade atenta,
também, à raiz dos episódios de violência. “Um trabalho de restauração com os
agressores, para que a Lei Maria da Penha tenha maior efetividade.
Julieta Palmeira reforça a importância de governo e sociedade atuarem juntos no combate à violência contra mulher
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