O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, se reuniu na manhã desta quarta-feira com os integrantes do Movimento "Mecenas da Vida Fraternidade e Paz" para discutir formas de envolver cada vez mais o poder público, moradores, empreendimentos e turistas no programa “Turismo CO2 Legal”, uma iniciativa socioambiental que vem sendo executada desde 2009 no litoral sul da Bahia e que foi concebida para trazer soluções, simples e práticas, para enfrentar problemas complexos que ameaçam a sustentabilidade local e do planeta.
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A proposta é buscar formas legais de garantir incentivos fiscais e descontos nos impostos para as empresas que adotam práticas positivas de preservação do meio ambiente.
O encontro contou com a participação dos vereadores Diego Augusto e Miguel da Matinha, representando a Câmara Municipal, que estarão discutindo com os demais parlamentares sobre a forma legal, através de um projeto de lei, para garantir esses incentivos fiscais e descontos para as empresas que participarem do Turismo CO2 Legal. De acordo com o prefeito, todos somos responsáveis pela preservação do planeta e ao participar do programa os empreendimentos turísticos e visitantes transformam os impactos negativos de suas atividades em ações socioambientais, que colaboram para cuidar e preservar o patrimônio natural e melhorar a qualidade de vida dos moradores de Itacaré.
Fundador do Movimento Mecenas da Vida, o engenheiro florestal Salvador Ribeiro explicou ao participar do turismo legal as empresas também saem ganhando, pois passam a ter visibilidade pela prática de responsabilidade socioambiental que assumem, atraem turistas com um perfil diferenciado e tem a possibilidade de obter descontos de impostos municipais, como o IPTU e alvará.
E quanto mais empresas participarem do Programa Turismo CO2 Legal, maiores serão os benefícios para os agricultores familiares, que receberão, mensalmente, pagamentos por serviços ambientais, serão capacitados para manejarem suas propriedades de forma agroecológica e ingressam na rede de agricultores orgânicos certificados, tendo seus produtos inseridos nas estações e feiras orgânicas, garantindo, assim, um mercado diferenciado para o escoamento de sua produção.
Reconhecido pela UNESCO, em 2011, como exemplo de novas e boas práticas que se reportam às questões da educação para o desenvolvimento sustentável, o programa “Turismo CO2 Legal” tem como principais objetivos fomentar no trade turístico e nos turistas práticas de responsabilidade socioambiental para transformar o turismo num vetor de conservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico das populações tradicionais dos destinos turísticos, conservar florestas, recursos naturais, biodiversidade e paisagens nos destinos turísticos, além de aportar soluções simples e práticas, em escala local, para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas.
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