Magali nasceu em 25 de dezembro de 1950 no Rio de Janeiro e viveu lá até a conclusão do curso de bacharelado em Letras, pela UFRJ, em 72. Ainda no final da década de 60, Magali começou a lecionar no Colégio São Sebastião, em Copacabana. Em 73, mudou-se para Salvador, licenciou-se em Letras e lecionou no Colégio Dois de Julho, onde passou a ter a convicção de que “a educação é o único instrumento de intervenção e transformação do mundo”.
Com a fundação do Colégio São Paulo em 77, passou a dar aulas de Literatura, Gramática e Redação. Permaneceu na escola por mais de 20 anos. No período, foi convidada a participar do Conselho Estadual de Educação. Trabalhou também em outras escolas renomadas, como Vieira, Marista, Nobel, Social e foi uma das professoras fundadoras do Anchieta.
Em 1989, fez parte da equipe fundadora do Colégio Oficina Salvador (cujo nome é inspirado no clássico teatro que foi símbolo de resistência à ditadura no Brasil) e do pioneirismo na metodologia de projetos, conceito e fundamentação prática que Magali trouxe para Vitória da Conquista.
Foi uma das principais artífices do projeto do Colégio Oficina Conquista, inaugurado em 2008. Incansável, imprimiu no cotidiano da escola o corpo e a alma da educação que fez da instituição uma das mais importantes e reverenciadas de Vitória da Conquista. Por sua entrega e dedicação à educação e à cidade, recebeu, em novembro de 2015, o título de cidadã conquistense, proferido pela Câmara Municipal.
Com quase 50 anos de trajetória na educação da Bahia, Magali foi sinônimo de transformação. Durante a pandemia, trabalhou incessantemente com sua equipe no desenvolvimento do projeto pedagógico que, com excelência, manteve a escola viva e atuante até o retorno presencial aprovado pelas autoridades. Na ocasião, chegou a afirmar: “Este tempo difícil vai passar, voltaremos a nos abraçar, num momento plenamente feliz. Aprendemos muito sobre solidariedade, dedicação, empenho. Sobre proteger e amar o outro e, principalmente, prosseguir no caminho”.
Brilhante, dentro e fora da sala de aula, traçou uma história e trajetória cumprida com distinção, olhar apurado, sensibilidade, gratidão e amor à educação. “Me orgulho de ser mulher, de ser educadora e de fazer parte da natureza humana”.
Magali deixa um legado, filhas, neto e amigos. Por desejo próprio e decisão familiar, não haverá velório. O corpo será cremado em cerimônia privada realizada em Salvador. As homenagens públicas serão prestadas em momento posterior.
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