A
figura do biomédico ganhou projeção mundial nestes tempos de coronavírus, mas o
papel vai muito além. É o profissional que identifica, por exemplo, a presença
de bactérias num simples lanche, na apetitosa água de coco ou na água mineral
nossa de cada dia. Mas
a categoria, cujo dia transcorre em 20 de novembro, apela pela abertura de
vagas. Inclusive no quadro de servidores efetivos em Itabuna. O pleito, levado
ao vereador Israel Cardoso (Agir), foi tema de reunião da Comissão de Saúde da Câmara,
na manhã de quarta-feira (10).
(Veja o Vídeo, de Israel, Click Abaixo)
O diretor do Conselho Regional de Biomedicina, Carlos Danilo Cardoso, frisou que o primeiro profissional a sequenciar o genoma do Sars-Cov-2 (causador da Covid-19) foi uma biomédica baiana. “Estamos aqui por uma maior divulgação e reconhecimento, para que os biomédicos se sintam contemplados. Eles acham que têm menos concurso, quando tem REDA, também não abre para biomédico”, justificou. Argumentou, ainda: “Com mais de 213 mil habitantes, para ter uma assistência de maior qualidade, a gente pensa em pelo menos 30 efetivos em Itabuna. Pensando em hospitais municipais, serviços de saúde, Vigilância Sanitária...”
Providências a tomar
A
partir das razões mostradas por profissionais da área, Israel e a citada
comissão preparam indicação ao Executivo, somando mais biomédicos ao quadro funcional
do município. “Acredito que este seja um assunto para a gente propor na reforma
administrativa”, sinalizou.
Já um outro edil acrescentou sobre a importância de
projetos para ampliar a biomedicina no serviço público. Ele também endossou o
quão evidente ficou para a sociedade o papel dos biomédicos na pandemia.
A
delegada do Conselho Regional, Cheila Mendes, trabalhou como merendeira de
escola, durante a faculdade, e ali sentiu a relevância da profissão. “Muitas
vezes, tem um surto de uma bactéria e elas também estão matando. É importante
ter, dentro do município, um profissional com essa amplitude de conhecimento,
para agregar com outros”, reforçou.
Representando
a secretária Lívia Mendes, a diretora da Vigilância em Saúde, bióloga Maristela
Antunes, esclareceu: o município tem seis biomédicos em atuação – sendo três
efetivos. “Na pandemia, estiveram na linha de frente; tanto na coleta do
material como separando amostras para análise no LACEN. São de grande
importância na saúde pública; na época da epidemia de dengue, também ficaram na
linha de frente”, ilustrou.
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