A apreensão vivida pela população itabunense com alagamentos em apenas
horas de chuva repercutiu quarta-feira (16), no plenário da Câmara. Na sessão
presidida por Sivaldo Reis (PL), vereadores fizeram “fechar” o tempo ao
criticar a falta de manutenção em canais, bueiros e assinaram críticas
contumazes a representantes do Executivo. Dando Leone (PDT) questionou sobre a situação dos bueiros entupidos,
para ilustrar a ausência de manutenção. “Nós pagamos IPTU, ISS, ITBI e taxa de
esgoto. É de grande necessidade que a secretaria responsável faça seu papel.
Vimos na comunidade o olhar da população pedindo socorro. As pessoas passaram
por uma enchente recentemente, perderam seus móveis e estão perdendo tudo
novamente.
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Se tivesse feito a intervenção antes, não tinha acontecido isso”, disparou. Já Danilo Freitas (UB), disse ter pago para limpar o canal do bairro onde mora, para se antecipar à época de chuva. Segundo ele, não acreditava mais na ação da Superintendência de Serviços Públicos, cujo titular é Souza Lino. “Sabe por que a baixa fria da Nova Itabuna não alagou? Porque eu fui lá antes e mandei limpar o canal. Se vocês falarem que Itabuna tem uma escavadeira ... isso é falta de respeito”, disparou.
Projetos e marco
A seguir, Cosme, citou a necessidade de um levantamento de
locais onde a água invade as residências, para que um especialista proponha
intervenções mais direcionadas. “Senão, fica tipo enxugar gelo. Quantos
vereadores já passaram por essa Casa e pediram a mesma coisa? É um investimento
caro, tem que ver uma manobra pra a Cinquentenário não ficar entupida, os
bairros não ficarem daquele jeito”, opinou.
O edil Ronaldão (PL), num tom conselheiro, frisou que buscar soluções
paliativas faz com que a situação seja a mesma a cada dez anos. “Cabe ao poder
público fazer a limpeza dos canais, das feiras, tem que investir. Senão, todo
ano é a mesma coisa. Agora, está em nossas mãos preparar um projeto; a prefeitura
tem grandes profissionais. Ou coloca pra trabalhar, ou todo ano vai ser essa
cobrança”, orientou.
Sobre o campo dos recursos, Israel Cardoso (Agir) citou a informação de a
Casa ter aprovado, em 2020, um Novo Marco Regulatório do Saneamento, enviado
pelo Executivo. Tal instrumento tratava do controle dos recursos públicos para
abastecimento de água, esgotamento sanitário e limpeza urbana. “Essa comissão é
importante, para a gente ver como está esse marco e ver como colocamos em
funcionamento. Se precisar fazer algum ajuste, podemos analisar”, anotou.
Fabrício Pancadinha (Solidariedade), diante de pedidos de providências
feitos ao longo de meses, também mencionou as cobranças que chegam aos
vereadores. Mas reforçou que eles não têm, diretamente, como solucionar questões
que cabem à Prefeitura. “A situação dos canais é uma tragédia anunciada; fica
nosso povo chorando, perdendo suas coisas e ninguém bota a culpa em ninguém”,
alfinetou.
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