“Atualmente 180 mulheres são atendidas pelo Centro de Referência e Atendimento à Mulher Isabela Nascimento Seara (CRAM Itabuna)”, disse a advogada Juliana Reis, responsável pelo setor jurídico da unidade da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS) durante a Marcha Lilás, na Praça José Bastos, nesta quinta-feira, dia 15, das 9 às 12 horas, mesmo sob chuvas. O titular da SEMPS, disse que a Marcha Lilás é um evento que busca tornar pública a Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres que reúne órgãos públicos e privados, a exemplo do MP-BA, Defensoria Pública da Bahia,
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Patrulha Guardiã Maria da Penha, Ronda Maria da Penha da Polícia Militar, Defensoria Pública da União, Justiça Restaurativa, Sala Lilás da AMURC, OAB Comissão da Mulher, Coletivos de Mulheres e CONSEMDAMI.
“É muito importante a ação dessa rede de acolhimento para que os índices de violência de que a mulher é vítima sejam reduzidos. Além disso, é essencial que a sociedade denuncie os casos de agressão, acolha e incentive a mulher a buscar o apoio necessário à reparação. Com isto, certamente haverá menos conflitos, danos e feminicídios”.
A mobilização, que está no segundo ano, reforça a bandeira do Agosto Lilás, uma campanha nacional pelo fim da violência contra a mulher. Além dos setores da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, diversos serviços foram oferecidos na praça pública, entre eles aferição de pressão arterial (PA), teses de glicemia, orientação nutricional e teste rápido contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
A marcha neste ano celebra os 18 anos da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que prevê a punição para atos de violência doméstica. “É uma data muito importante e queremos atrair todos para a luta contra a violência e para conhecer o trabalho CRAM, que é voltado para o atendimento psicossocial às vítimas”, disse. Segundo Juliana Reis, desde ano 2021 os atendimentos no CRAM Isabela Nascimento Seara cresceu passando de 74 mulheres para as atuais 180 mulheres o que evidencia a importância da unidade no enfrentamento da violência doméstica.
“É fundamental destacar que a violência não aumentou. Ao contrário, são mais mulheres vulneráveis buscando seus direitos pela visibilidade do trabalho da unidade que recebe todo o suporte da Prefeitura de Itabuna”, disse Juliana Reis. “Então ações como esta da Marcha Lilás são fundamentais para encorajar a busca de acolhimento”, acrescentou.
A diretora do Departamento de Proteção Social da SEMPS, Larissa Moitinho Sousa, disse que o trabalho, através do CRAM visa tirar a mulher do ciclo da violência. “A Marcha Lilás é uma campanha itinerante, pois existe a possibilidade de ser levado para outras praças. Era um projeto anual, mas a receptividade é tão boa que já estamos estudando a ideia de ampliar a Marcha”, comentou.
A coordenadora da Patrulha Guardiã Maria da Penha da Guarda Civil Municipal, inspetora Núbia Cristina de Oliveira, afirmou que no primeiro semestre mais vítimas foram acolhidas enquanto outras saíram do ciclo da violência doméstica na cidade.
Ela esclareceu que a agressão começa no aspecto psicológico e até migrar para outras formas. “É preciso dizer não a esse ciclo e entender que o primeiro tapa ou grito não deve evoluir para o feminicídio”, disse a inspetora.
A pastora Alecsandra Soares aprovou a iniciativa e aproveitou para medir a glicemia. “Muito boa a ação. Acho que as mulheres precisam buscar seus direitos e denunciar os agressores”, declarou.
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