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Congresso da ABM terá plataforma eletrônica para doação de órgãos

 A Associação Bahiana de Medicina vai discutir doação e transplante de órgãos nos dias 4 e 5 de outubro

A Associação Bahiana de Medicina (ABM) escolheu como tema do XIX Congresso da ABM o Transplante de Órgãos. O evento, que vai ser realizado em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), vai contar com a participação do Colégio Notarial do Brasil – Seção Bahia (CNB/BA), que durante o Congresso apresentará a plataforma de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). O AEDO é uma forma eletrônica de autorizar a doação de órgãos, tecidos e partes do corpo humano.

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O Congresso vai acontecer de forma presencial nos dias 4 e 5 de outubro, em Ondina, sede da ABM. O evento possui o objetivo de discutir temas como Transplante de córnea; Iniciativas da SESAB para aumentar as doações de órgãos; Cirrose Hepática; Transplante Renal; Panorama do Transplante Renal na Bahia; o transplante renal e a Vida Real; Transplante Hepático; a trajetória do Banco de Olhos no Estado da Bahia. Também haverá debates e alertar a população, médicos e autoridades políticas para a necessidade de se implementar a cultura de transplantes na Bahia.



Na Bahia o número de doações de órgãos aumentou no primeiro semestre de 2024, comparado com o primeiro semestre do ano passado. Neste ano, foram realizadas 499 doações, representando um aumento de 24%, quando comparado ao primeiro semestre de 2023, que teve 401 captações. Apesar disso, o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Eraldo Moura, afirma que o Estado tem como maior desafio a taxa de recusa familiar à doação de órgãos, com índice de 61%, acima da média nacional. Os dados do primeiro semestre de 2024 também apontam aumento de 17% no número de pacientes na lista de espera na Bahia. Atualmente, 3.488 pessoas aguardam para transplantes de rim (1.942 pacientes), fígado (40), córneas (1.505) e coração (1).



A fila de espera é baseada em critérios técnicos, em que a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados. 


Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica. É importante destacar que a lista de espera é igual para todos, independentemente de ser no SUS ou em rede privada de saúde.


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