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Egresso da Uesc participa de descoberta de molécula com potencial contra fungos resistentes,

 
Pesquisadores do Instituto Butantan identificaram uma molécula promissora no sangue da aranha Acanthoscurria rondoniae, espécie de tarântula da região amazônica. Denominada “rondonina,” a substância demonstrou eficácia contra fungos dos gêneros Candida e Trichosporon em testes laboratoriais e animais, além de apresentar baixo risco de toxicidade. O estudo foi publicado na revista In Silico PharmacologyA pesquisa integra os esforços internacionais para enfrentar o avanço de fungos resistentes aos medicamentos convencionais — um problema que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), exige ações urgentes e coordenadas no combate às infecções fúngicas e à resistência antimicrobiana. (Saiba Mais, Click no Ícone Abaixo)



O trabalho tem destaque especial para o biomédico Elias Jorge Muniz Seif, egresso do curso de Bacharelado em Biomedicina da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), turma de 2015–2019. Atualmente doutorando e pesquisador no Instituto Butantan, Elias desenvolve suas atividades sob orientação do professor Pedro Ismael da Silva Junior, no Laboratório de Toxinologia Aplicada. Foi o pesquisador, formado pela Uesc, quem conduziu a etapa de simulação computacional que identificou os possíveis alvos moleculares da rondonina. “Construímos computacionalmente a estrutura tridimensional da molécula e testamos seu encaixe com centenas de proteínas essenciais à sobrevivência dos fungos. Em seguida, observamos quais ligações permaneciam estáveis, identificando as proteínas mais prováveis de interação”, explicou Elias.


Os resultados apontaram dois alvos principais: uma proteína de membrana externa, que permite a entrada da rondonina na célula fúngica, e outra associada ao DNA do patógeno. A hipótese é que a molécula atue diretamente sobre o material genético do fungo, impedindo sua replicação e demonstrando seletividade, sem causar danos às células humanas.

A rondonina é estudada desde 2012 pela equipe coordenada por Pedro Ismael, com caracterização inicial feita pela bióloga Katie Cristina Takeuti Riciluca. Além da ação antifúngica, fragmentos da molécula também apresentaram atividade antitumoral, reduzindo o desenvolvimento de metástases em modelos animais de melanoma. A versão modificada da substância, denominada RondH, surgiu a partir da remoção de um único aminoácido.

“O potencial terapêutico da rondonina demonstra que compostos naturais ainda são uma fonte valiosa de novas alternativas farmacológicas”, afirmou o professor Pedro Ismael, que há mais de três décadas se dedica à pesquisa de moléculas bioativas.

Os próximos passos incluem a validação experimental dos alvos moleculares e o aprofundamento dos estudos sobre o mecanismo de ação da rondonina, com vistas à aplicação no combate a infecções resistentes e ao desenvolvimento de novas terapias.

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