Tem gente que se dá muita importância. Toda eleição aparecem aquelas listinhas de apoio assinadas por pessoas que se acham notáveis o suficiente para influenciar o voto do resto da humanidade.
Esta semana, quem recebeu o socorro desses faróis da democracia foi a Dilma. Um grupo de artistas e intelectuais liderados por Leonardo Boff e Chico Buarque bolou um manifesto que vai mudar os rumos da República. Modestamente, claro.
O Caetano Veloso é outro que adoooora fazer inimigos e influenciar pessoas. Chamou o Lula de analfabeto e conclamou todos os mal-educados a votarem na Marina. Deve ser por isso a votação expressiva da candidata verde.
Regina Duarte nem vale a lembrança. Dá medo. Mas foi comovente a forma como ela entrou para o anedotário das campanhas eleitorais. Devia saber que aquele seria seu último grande papel. Ou papelão.
O voto é secreto, mas a patota dá muito valor aos holofotes. Vivem disso. E sempre há os intelectuais com inveja de nunca aparecer em Caras. Contentam-se com notinhas de jornal.
No fundo, eles têm muito desprezo pela inteligência das pessoas normais. Acham que alguém muda de opinião só porque o cantor que nem lota um teatro participou de um abaixo-assinado.
Seriam mais úteis se lembrassem do desprezo com que todos os políticos tratam a cultura no nosso país. Todos. Fazem é papel de palhaço. Bobos de uma corte cujos salões só se abrem em época de eleição.
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