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Jovens aproveitam visita do papa e saem às ruas para protestar contra conservadorismo da Igreja Católica

O PAPA TAMBÉM JÁ BEIJOU NA BOCA DE HOMEM!
A chegada do papa Francisco ao Rio – é sua primeira viagem ao exterior – mostrou o quanto o Brasil mudou nos últimos tempos. Apesar da multidão que saudava o Papa, houve manifestações feministas e até “beijaço gay” em protesto ao conservadorismo dà Igreja Católica.

Nas últimas visitas de papas ao Brasil, milhões de pessoas compareciam aos eventos religiosos para assistir missas e receber a benção papal. Hoje (22/7) foi diferente. Protestos (foto) começaram tão logo Francisco chegou ao Rio, para participar da Jornada Mundial da Juventude. As manifestações devem prosseguir durante toda esta semana da visita.
Mais de mil pessoas fizeram um “beijaço gay” em frente da matriz Nossa Senhora da Glória, no Rio, por onde o Papa ia passar. 
 
E notem que, em 100 dias de papado, Francisco tem demonstrado ser muito menos conservador do que os dois últimos papas que o antecederam.
O papa Francisco, argentino da ordem franciscana (São Francisco), é tido, mesmo entre a esquerda católica, como um líder progressista. Seus hábitos são mais simples do que os dos seus antecessores e ele já defendeu posições que surpreenderam os católicos. É visto como o papa da ruptura - aquele que pode sintonizar sua igreja com tempos mais modernos.
Mas a ira dos manifestantes é contra posições assumidas historicamente pela Igreja Católica com temas de comportamento, em especial contra a homossexualidade.
 Em outro local do Rio, feministas exibiam os seios para pedir mais liberdade sexual para as mulheres.
Tanto os gays como as feministas alegam ter motivos de sobra para protestar contra a Igreja Católica. Os manifestantes lembravam que Bento 16, antecessor de Francisco, disse em discurso que famílias formadas por homossexuais eram uma “ameaça ao mundo”.
Os protestos contra a Igreja Católica não vão parar aí. No próximo dia 27, quando o Papa participa de atos da Jornada da Juventude, em Copacabana, no Rio, haverá a Marcha das Vadias – mulheres que costumam tirar a roupa para defender seus direitos.

Jovens também aproveitam a vista do Papa ao Brasil para protestar em defesa do Estado laico – aquele em que religiões não podem interferir nas questões de Estado e de governo. O alvo, neste caso, são principalmente opiniões da Igreja em relação ao aborto.
É claro que manifestações deste tipo provocaram enorme reação dos católicos –do Brasil e de outras partes do mundo - que estão no Rio para acompanhar a visita do papa. Uma senhora gritava, indignada, ao ver duas mulheres se beijando na porta de uma igreja.
É também fato que manifestações deste tipo vão gerar uma enxurrada de discussões – contra e a favor dos atos. Muitos vão encarar os protestos como manifestação democrática e de liberdade de expressão. Outros vão vê-los como atos obscenos e de desrespeito à Igreja.
É assim mesmo que gira o mundo moderno. Quem discorda da interferência da Igreja Católica na questão da diversidade sexual e na opção que cada um tem de usar seu corpo como bem entende, aproveita a visita do papa ao Brasil e sai às ruas para protestar.
Os católicos, como também os adeptos de outras religiões, têm liberdade para defender seus dogmas, mas não têm direito de querer impor seu comportamento ao restante da população. O Estado laico é uma das maiores conquistas da civilização e da democracia.
A visita do papa Francisco ao Brasil também marcou divergências em coberturas da mídia televisiva. Enquanto a Rede Globo derramava elogios ao papa, a TV Record, mantida por grupo evangélico, deu cobertura mais discreta e ressaltou pontos críticos da visita.
Já a TV Canção Nova, ligada ao movimento católico carismático, aproveitou a cobertura para pedir aos fiéis doação em dinheiro e ouro. Anunciava a venda de fotos do papa por R$ 20,00 e prometia “indulgência” para quem assistisse sua transmissão.
No início da noite, lamentavelmente, grupos de agitadores se infiltraram nas manifestações e houve atos de depredação, que foram reprimidos pela polícia. O Brasil não pode permitir que manifestações livres terminem em atos de violência.

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