Que beijo chinfrim foi aquele das minas de Em Família? Então o amor entre duas mulheres é essa pobreza, esse pudor, essa pouca sem vergonhice, esse tédio? A Globo só pode estar fazendo propaganda subliminar a favor da heterossexualidade. Ardilosa.
O beijo entre Mateus Solano e Thiago Fragoso, tido como marco na televisão brasileira, já tinha sido bocejante.
Conseguiram piorar. Ô, pessoal do Projac! Ou vai ou (como dizer?) racha. O que não dá é para ficar em cima do muro, dentro do armário, fazendo de conta que nem aí. Sei lá. Até beijinho adolescente de Malhação é mais sexy que aquela bitoca.
O recurso a casais de homossexuais, pelo visto, já sofre de um precoce esvaziamento. Se já foi considerado um avanço, uma mensagem contra a homofobia, a afirmação de uma minoria, hoje em dia, tudo se tornou um pobre recurso de marketing. Nem mesmo dramaturgicamante se justifica - haja vista a história modorrenta que Tainá Müller e Giovanna Antonelli contaram, à parte a antipatia do casal, fruto de um texto e situações sem nenhuma graça.
A Globo pratica uma política de cotas para homossexuais já há algum tempo. Não existe novela ou minissérie sem que haja um personagem ou núcleo gay. Acho bacana. Mas já se esgotou, por mau uso e excesso de timidez. Ou os autores constroem personagens mais densos e cuja existência se justifique para além da mera sexualidade, ou o efeito vai ser o contrário do que militantes da causa desejariam. É muito moralismo.
O Provocador.
O Provocador.
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