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Unesco e TV Chinesa produzem documentário sobre discente da Uesc


Ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM - sigla em inglês) estão no centro dos avanços em inovação e tecnologia. No entanto, as mulheres – metade da população global – estão sub-representadas nesses campos. Em resposta ao cenário desafiador que abrange a exclusão de meninas e mulheres nessas áreas no Brasil, o Projeto #EDUCASTEM2030, lançado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), visa estimular meninas e mulheres a seguirem carreiras das áreas STEM.

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A iniciativa despertou o interesse da TV estatal chinesa CGTN, que está produzindo o documentário "Her", com experiências mundiais. A produção conta com a participação de cientistas renomadas, como a biomédica Jaqueline Goes, que liderou a equipe que sequenciou o genoma do coronavírus.

 

O Brasil terá as histórias de duas estudantes brasileiras de Engenharia de Produção da Bahia. Uma delas é Tainá Caldas de Jesus, discente da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus-BA; a outra é Fabiana Machado, da cidade de Catu, também na Bahia, ambas com 19 anos. As demais personagens serão do Paquistão e da Tanzânia. O documentário tem previsão de estreia para outubro de 2023 na CGTN e também deverá ser exibido no Brasil.

 

Sábado (29), uma equipe da Unesco no Brasil composta por Maria Rehder, George Patiño, coordenada por Mariana Braga, oficial de Programa do Setor de Educação, estiveram no campus da Uesc para uma entrevista com a estudante Tainá e a coordenadora do curso de Engenharia de Produção, a professora Dra. Aline Patrícia Mano.

 

Aline destacou a importância do Projeto cujo objetivo é impactar de forma positiva os âmbitos individual, social, escolar e familiar, a fim de reverter o cenário de exclusão e discriminação contra as meninas e mulheres no campo científico e acadêmico que se manifestam nas mais diferentes formas de assédio. 

 

Ainda no contexto da inclusão social e políticas afirmativas, a professora frisou que a Uesc, desde 2006, vem implementando esforços e já tem conquistado alguns avanços. Atualmente 50% das vagas em todos os cursos são reservadas para estudantes oriundos de escolas públicas e afrodescendentes, independente dessas, todos os cursos de graduação da Uesc reservam duas vagas para indígenas e pessoas remanescentes de quilombolas. Também foi implementada na universidade, em 2022, a Comissão Permanente de Prevenção ao Assédio Moral, Sexual e qualquer forma de discriminação.

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